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Bélgica registrará apenas 250 solicitações de asilo por dia

O secretário de Estado de Migração e Asilo belga declarou que mais solicitações por dia seria insustentável e irresponsável


	Dezenas de refugiados chegam a Europa: "Estivemos registrando entre 4.000 e 5.000 solicitações ao mês, isso é algo irreal"
 (REUTERS)

Dezenas de refugiados chegam a Europa: "Estivemos registrando entre 4.000 e 5.000 solicitações ao mês, isso é algo irreal" (REUTERS)

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Da Redação

Publicado em 2 de setembro de 2015 às 08h16.

Bruxelas - A Bélgica não registrará mais de 250 solicitações de asilo por dia, apesar das longas filas de solicitantes formadas em frente ao Escritório de Estrangeiros de Bruxelas, disse nesta quarta-feira o secretário de Estado de Migração e Asilo belga, Theo Francken.

"Não superaremos as 250 solicitações por dia, isso seria insustentável e irresponsável" declarou Francken em um programa de rádio citado pela agência de notícias "Belga".

"Estivemos registrando entre 4.000 e 5.000 solicitações ao mês, isso é algo irreal", comentou Francken, ao acrescentar que se trata de uma questão de "limites" de sua capacidade para receber e criar novas vagas.

Francken se negou a estabelecer um processo de registro básico para agilizar a tramitação das solicitações por considerar que "o registro, a identificação e a tomada de impressões digitais devem ser feitos corretamente".

Além disso, voltou a criticar países da União Europeia como Polônia, Espanha e República Tcheca, que acolhem poucos refugiados.

"Sempre são os primeiros a pedir solidariedade, mas agora somos nós os que enfrentamos problemas", lamentou.

Apesar de reconhecer que a bola está no campo dos Estados-membros da UE, exigiu a criação de um fundo europeu de urgência para apoiar o orçamento federal belga.

A delegada europeia de Assuntos Sociais, Marianne Thyssen, reagiu imediatamente e lembrou que o orçamento plurianual da UE inclui os recursos para este fim, segundo a agência "Belga".

Ao ser perguntado pela proposta do presidente de seu partido, Bart De Wever, que propôs reduzir os direitos dos refugiados criando uma condição especial, Francken reconheceu que isto seria ilegal aos olhos da União Europeia, mas que "ainda se pode falar disso".

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