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Bélgica fecha acordo para formar governo após 535 dias de crise

O novo governo belga deverá obter o aval da Câmara dos Deputados durante a próxima semana, para acabar com a crise política mais longa da história do Reino

Verviers- Bélgica (Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de novembro de 2011 às 21h50.

Bruxelas - Após 535 dias de crise política, os seis partidos belgas que participam das negociações chegaram na noite desta quarta-feira a um acordo sobre a formação de um governo dirigido pelo socialista francófono Elio Di Rupo, segundo fontes ligadas às negociações.

"Há um acordo global sobre a reforma do Estado, socioeconômico e sobre o programa de governo", disseram as fontes à AFP.

Elio Di Rupo deixou as negociações com um sorriso, sem fazer comentários, constatou a imprensa belga no local.

"Há um acordo sobre tudo, nos comunicaremos esta noite e haverá uma releitura amanhã", disse a fonte sobre o documento, que tem mais de 180 páginas.

"Os acordos serão apresentados aos congressos dos partidos neste final de semana para que sejam formalmente aprovados".

"No final de semana dividiremos os ministérios e possivelmente haverá um governo já na segunda ou terça-feira".

O novo governo belga deverá obter o aval da Câmara dos Deputados durante a próxima semana, para acabar com a crise política mais longa da história do Reino, que remonta a abril de 2010.

O principal obstáculo ao acordo foi superado no sábado, com um acerto sobre o orçamento federal para os próximos três anos destinado a alcançar o equilíbrio fiscal em 2015.


As negociações haviam fracassado antes por divergências sobre os futuros cortes entre os seis partidos belgas (três flamengos e três valões) - de direita, centro e de esquerda - convocados para formar a coalizão.

Os Verdes e os nacionalistas flamengos do N-VA, principal partido de Flandres (norte), não integrarão o novo governo.

O N-VA rejeitou categoricamente o compromisso obtido no final de semana sobre o orçamento.

Elio Di Rupo, de 60 anos, deverá se tornar o primeiro chefe de governo francófono da Bélgica em mais de três décadas, e o primeiro premier socialista no cargo desde 1974.

Após quase dois anos de impasse, a crise da dívida na zona do euro obrigou flamengos e francófonos a chegar a um acordo. A agência de classificação de risco Standard & Poor's reduziu na sexta-feira a nota da Bélgica, exigindo dos partidos um acordo sobre o orçamento.

No sábado, os partidos belgas chegaram a um acordo sobre o orçamento federal para reduzir o déficit da Bélgica a 2,8% do PIB em 2012 e atingir o equilíbrio em 2015.

Além da marcação dos mercados financeiros, o novo governo tera de administrar a pressão dos nacionalistas flamengos para evitar novas divisões que implodam a unidade.

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Bruxelas - Após 535 dias de crise política, os seis partidos belgas que participam das negociações chegaram na noite desta quarta-feira a um acordo sobre a formação de um governo dirigido pelo socialista francófono Elio Di Rupo, segundo fontes ligadas às negociações.

"Há um acordo global sobre a reforma do Estado, socioeconômico e sobre o programa de governo", disseram as fontes à AFP.

Elio Di Rupo deixou as negociações com um sorriso, sem fazer comentários, constatou a imprensa belga no local.

"Há um acordo sobre tudo, nos comunicaremos esta noite e haverá uma releitura amanhã", disse a fonte sobre o documento, que tem mais de 180 páginas.

"Os acordos serão apresentados aos congressos dos partidos neste final de semana para que sejam formalmente aprovados".

"No final de semana dividiremos os ministérios e possivelmente haverá um governo já na segunda ou terça-feira".

O novo governo belga deverá obter o aval da Câmara dos Deputados durante a próxima semana, para acabar com a crise política mais longa da história do Reino, que remonta a abril de 2010.

O principal obstáculo ao acordo foi superado no sábado, com um acerto sobre o orçamento federal para os próximos três anos destinado a alcançar o equilíbrio fiscal em 2015.


As negociações haviam fracassado antes por divergências sobre os futuros cortes entre os seis partidos belgas (três flamengos e três valões) - de direita, centro e de esquerda - convocados para formar a coalizão.

Os Verdes e os nacionalistas flamengos do N-VA, principal partido de Flandres (norte), não integrarão o novo governo.

O N-VA rejeitou categoricamente o compromisso obtido no final de semana sobre o orçamento.

Elio Di Rupo, de 60 anos, deverá se tornar o primeiro chefe de governo francófono da Bélgica em mais de três décadas, e o primeiro premier socialista no cargo desde 1974.

Após quase dois anos de impasse, a crise da dívida na zona do euro obrigou flamengos e francófonos a chegar a um acordo. A agência de classificação de risco Standard & Poor's reduziu na sexta-feira a nota da Bélgica, exigindo dos partidos um acordo sobre o orçamento.

No sábado, os partidos belgas chegaram a um acordo sobre o orçamento federal para reduzir o déficit da Bélgica a 2,8% do PIB em 2012 e atingir o equilíbrio em 2015.

Além da marcação dos mercados financeiros, o novo governo tera de administrar a pressão dos nacionalistas flamengos para evitar novas divisões que implodam a unidade.

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