Barroso diz que default grego espalharia crise
Atenas pode ficar sem recursos já em meados de novembro, arrastando a zona do euro mais fundo ainda na crise de dívida
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2011 às 20h37.
Berlim - Um default da Grécia teria consequências imprevisíveis e faria com que a crise da zona do euro se espalhasse, o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, alertou em entrevista ao jornal Bild.
Continuam as negociações sobre uma parcela vital de ajuda para Atenas, que pode ficar sem recursos já em meados de novembro, arrastando a zona do euro mais fundo ainda na crise de dívida, que já sacode os mercados financeiros em todo o mundo.
"Se desistirmos da Grécia, há um grande perigo de que a crise se espalhe para outros países", afirmou Barroso na entrevista ao Bild, que será publicada na segunda-feira, ecoando comentários da chanceler alemã, Angela Merkel.
Barroso observou que a zona do euro não possuía a experiência de uma possível falência de um país-membro.
"Isso é um território novo para nós e estamos discutindo soluções que não foram realmente testadas antes", disse.
Mas a União Europeia estava convencida de que uma falência grega "não era mais barata para todos os participantes do que os programas atuais de ajuda", afirmou.
Ministros das Finanças europeus estão considerando fazer com que os bancos assumam perdas maiores sobre a dívida grega, uma questão que pode ser discutida na reunião entre Merkel e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, mais tarde neste domingo.
Ainda não se tem certeza se a Grécia, que foi assolada por greves e protestos contra as medidas de austeridade na semana passada, vai receber a próxima parcela de ajuda devido às dúvidas sobre sua disposição de fazer reformas.
"As reformas precisam ser mais rápidas. Caso contrário, a Grécia perderá sua credibilidade", disse Barroso.
Ele acrescentou que a Europa precisava corrigir a "orgia de consumo" que tomou conta de alguns países devido à introdução de uma forte moeda única com juros baixos.
Merkel se reúne com Sarkozy neste domingo para discutir as diferenças sobre como utilizar o poder de fogo financeiro da zona do euro para conter a crise de dívida.
Berlim - Um default da Grécia teria consequências imprevisíveis e faria com que a crise da zona do euro se espalhasse, o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, alertou em entrevista ao jornal Bild.
Continuam as negociações sobre uma parcela vital de ajuda para Atenas, que pode ficar sem recursos já em meados de novembro, arrastando a zona do euro mais fundo ainda na crise de dívida, que já sacode os mercados financeiros em todo o mundo.
"Se desistirmos da Grécia, há um grande perigo de que a crise se espalhe para outros países", afirmou Barroso na entrevista ao Bild, que será publicada na segunda-feira, ecoando comentários da chanceler alemã, Angela Merkel.
Barroso observou que a zona do euro não possuía a experiência de uma possível falência de um país-membro.
"Isso é um território novo para nós e estamos discutindo soluções que não foram realmente testadas antes", disse.
Mas a União Europeia estava convencida de que uma falência grega "não era mais barata para todos os participantes do que os programas atuais de ajuda", afirmou.
Ministros das Finanças europeus estão considerando fazer com que os bancos assumam perdas maiores sobre a dívida grega, uma questão que pode ser discutida na reunião entre Merkel e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, mais tarde neste domingo.
Ainda não se tem certeza se a Grécia, que foi assolada por greves e protestos contra as medidas de austeridade na semana passada, vai receber a próxima parcela de ajuda devido às dúvidas sobre sua disposição de fazer reformas.
"As reformas precisam ser mais rápidas. Caso contrário, a Grécia perderá sua credibilidade", disse Barroso.
Ele acrescentou que a Europa precisava corrigir a "orgia de consumo" que tomou conta de alguns países devido à introdução de uma forte moeda única com juros baixos.
Merkel se reúne com Sarkozy neste domingo para discutir as diferenças sobre como utilizar o poder de fogo financeiro da zona do euro para conter a crise de dívida.