Elizabeth II: atualmente, o governador-geral de Barbados é nomeado pela rainha sob recomendação do primeiro-ministro da ilha (Aaron Chown/Pool via/Reuters)
Reuters
Publicado em 16 de setembro de 2020 às 09h51.
Última atualização em 16 de setembro de 2020 às 09h52.
Barbados quer destituir a rainha Elizabeth 2ª do cargo de chefe de Estado e se tornar uma República, afirmou o governo da nação caribenha, reavivando um plano discutido várias vezes no passado.
Uma ex-colônia britânica que conquistou a independência em 1966, Barbados manteve um vínculo formal com a monarquia britânica, assim como alguns outros países que já fizeram parte do Império Britânico.
"Chegou a hora de deixarmos totalmente nosso passado colonial para trás", disse a governadora-geral de Barbados, Sandra Mason, fazendo um discurso em nome da primeira-ministra do país, Mia Mottley.
"Os barbadianos querem um chefe de Estado barbadense. Esta é a declaração final de confiança em quem somos e no que somos capazes de alcançar. Portanto, Barbados dará o próximo passo lógico em direção à soberania plena e se tornará uma República quando celebrarmos nosso 55º aniversário da independência."
Esse aniversário acontecerá em novembro do próximo ano.
O Palácio de Buckingham informou que o caso era assunto do povo de Barbados. O Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido reiterou que a decisão caberia a Barbados.
"Barbados e o Reino Unido estão conectados em nossa história, cultura, idioma compartilhados e muito mais. Temos uma parceria duradoura e continuaremos a trabalhar com eles, juntamente com todos os nossos valiosos parceiros caribenhos", disse uma porta-voz do ministério das Relações Exteriores.
Atualmente, o governador-geral de Barbados é nomeado pela rainha sob recomendação do primeiro-ministro da ilha. O governador-geral representa a rainha em eventos formais, como a abertura do Parlamento estadual, que foi a ocasião em que Mason fez o discurso na terça-feira.