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A320, a vedete da Airbus que já sofreu inúmeros acidentes

Atualmente, 6.194 aeronaves desta família (A318, A319, A320, A321) estão em operação em todo os mundo, incluindo 3.663 A320

Airbus 320 estacionado no aeroporto Tegel, em Berlim: atualmente, 6.194 aeronaves desta família (A318, A319, A320, A321) estão em operação em todo os mundo, incluindo 3.663 A320 (Stephanie Pilick/AFP)

Airbus 320 estacionado no aeroporto Tegel, em Berlim: atualmente, 6.194 aeronaves desta família (A318, A319, A320, A321) estão em operação em todo os mundo, incluindo 3.663 A320 (Stephanie Pilick/AFP)

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Da Redação

Publicado em 24 de março de 2015 às 12h01.

Paris - O Airbus que caiu nesta terça-feira no sul da França pertence à família dos A320, modelo vedete da construtora europeia, que sofreu uma dezena de acidentes, entre eles no voo da TAM 3054 em 2007, desde a sua entrada em serviço.

Atualmente, 6.194 aeronaves desta família (A318, A319, A320, A321) estão em operação em todo os mundo, incluindo 3.663 A320, segundo informações fornecidas pela construtora.

Em serviço desde 1988, o A320, utilizado para voos curtos ou de média distância, é um concorrente direto do Boeing 737. Sua tecnologia vem sendo aprimorada desde o início de suas atividades.

Há agora uma versão remotorizada, da "família A320neo" (new engine option), que consome muito menos combustível.

A aeronave revolucionária A320 foi lançada com controles de voo elétricos controlados por computador, o que gerou polêmica. Essa tecnologia dividiu os pilotos da época, principalmente na França, onde a equipe de pilotos diminuiu de três para dois.

No início de sua carreira, sofreu quatro acidentes fatais em cinco anos, o primeiro em junho de 1988, em Habsheim Mulhouse, no leste da França, onde o avião estava voando muito baixo durante uma apresentação (três mortos). O segundo acidente se deu durante um pouso mal executado no aeroporto de Bangalore, na Índia (92 mortos em fevereiro de 1990).

O terceiro ocorreu em janeiro de 1992, pouco antes da aterrissagem em Mont Saint-Odile, perto de Estrasburgo, no leste da (87 mortes), enquanto que em 14 de setembro de 1993, uma unidade da companhia alemã Lufthansa pegou fogo ao aterrissar em Varsóvia, deixando dois mortos e 54 feridos.

Em agosto de 2000, no Bahrein, um A320 da Gulf Air errou sua aproximação do solo, matando 143 pessoas. Em maio de 2006, em Sochi (Rússia), uma aeronave da Armavia caiu durante um pouso sem visibilidade (113 mortos), e em São Paulo, em julho de 2007, um avião da TAM ultrapassou o fim da pista durante o pouso antes de atingir um depósito da própria companhia, matando as 187 pessoas a bordo e mais 12 que estavam no edifício).

Em novembro de 2008, foi a vez de um A320 da Air New Zealand, que caiu no Mediterrâneo durante um voo de verificação, matando todas as sete pessoas a bordo. As investigações concluíram que um erro do piloto e uma falha de manutenção da aeronave provocou a queda do aparelho ao longo da costa dos Pirineus.

Em julho de 2010, um A321 da companhia paquistanesa Blue Air caiu nas colinas perto de Islamabad devido a baixa visibilidade, matando todas as 152 pessoas a bordo.

Mais recentemente, em 28 de dezembro, um A320 da companhia AirAsia caiu no Mar de Java, causando 162 mortes. A investigação está em andamento para determinar as causas do acidente.

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