Trata-se da primeira vez que um míssil é lançado contra uma motocicleta durante a intensa campanha da força aérea dos EUA contra militantes da Al Qaeda (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 6 de agosto de 2012 às 21h57.
Sana - Um ataque de um avião não-tripulado americano (drone) matou nesta segunda-feira dois supostos membros da rede terrorista Al Qaeda perto da cidade de Rada, na província de Al Baida, no Iêmen, disse à Agência Efe uma fonte de segurança do país.
Segundo a fonte, a aeronave disparou um míssil contra os dois homens, que viajavam numa motocicleta na área próxima de Qaifah Radaa, a cerca de 170km da capital do país, Sana.
Um dos mortos foi identificado como Abu Osama al Marebi, um dos principais membros do grupo Ansar al Sharia (Seguidores da Lei Islâmica), ramificação da Al Qaeda no Iêmen.
Trata-se da primeira vez que um míssil é lançado contra uma motocicleta durante a intensa campanha da força aérea dos EUA contra militantes da Al Qaeda no Iêmen, disse a fonte, que pediu anonimato, acrescentando que os terroristas utilizam atualmente motocicletas como meio de transporte para evitar ataques aéreos contra seus veículos e comboios.
O presidente de transição do país, Abdo Rabbo Mansour Hadi, anunciou nesta segunda-feira uma reorganização de 12 unidades do Exército iemenita, que teve como objetivo terminar com uma divisão nas Forças Armadas causada pelo conflito que derrubou o ex-presidente do país, Ali Abdullah Saleh.
Segundo a agência oficial de notícias ''Saba'', a remodelação atinge as brigadas sob o comando do filho de Ali Abdullah Saleh e do general Ali Mohsen al Ahmar, que se rebelou contra o ex-mandatário.
Esta reorganização faz parte da ''reestruturação das forças armadas'' e diminuirá o poder do filho de Saleh.
Na primeira reação à reorganização, o general Ahmar emitiu uma declaração cumprimentando os decretos de Hadi como ''patrióticas e valentes decisões que servem à nação e à reunificação das unidades militares e das regiões''.
A reestruturação das forças do Exército e polícia, na qual os familiares de Saleh ocupam postos de alto nível, faz parte do pacto de transferência do poder negociado pelos países do Conselho de Cooperação do Golfo e Saleh, que deixou o poder em fevereiro.