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Hungria intercepta 3.601 refugiados, um novo recorde

O porta-voz do governo húngaro reiterou hoje que o mais importante agora para pode lidar com a crise migratória "é parar os imigrantes já na fronteira"


	Imigrantes sírios na fronteira da Sérvia com Hungria: o porta-voz do governo húngaro reiterou que o mais importante agora para pode lidar com a crise migratória "é parar os imigrantes já na fronteira"
 (REUTERS/Marko Djurica)

Imigrantes sírios na fronteira da Sérvia com Hungria: o porta-voz do governo húngaro reiterou que o mais importante agora para pode lidar com a crise migratória "é parar os imigrantes já na fronteira" (REUTERS/Marko Djurica)

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Da Redação

Publicado em 11 de setembro de 2015 às 06h56.

Budapeste - As autoridades da Hungria interceptaram 3.601 refugiados que entraram no país de forma ilegal através da fronteira com a Sérvia na quinta-feira, o que significa um novo número recorde, informou nesta sexta-feira a polícia local.

O porta-voz do governo húngaro, Zoltán Kovács, reiterou hoje que o mais importante agora para pode lidar com a crise migratória "é parar os imigrantes já na fronteira".

"A Hungria é o único país da rota dos Bálcãs que respeita as legislações europeias, mesmo que sejam imperfeitas", afirmou o porta-voz, deixando implícito que outros países não estão registrando os milhares de refugiados que entram na zona do tratado de Schengen.

"A Áustria também não respeita essas leis, deixam os milhares de imigrantes entrarem no país sem nenhum controle. Por que estão pedindo que nós respeitemos as legislações europeias?", questionou Kovács.

Na estação de trens de Keleti, em Budapeste, mais de mil refugiados esperam pelas composições que partem rumo à fronteira austríaca.

Entre 200 e 300 refugiados embarcam em cada trem, informou a emissora pública de televisão "M1".

No ponto de encontro da cidade de Röszke, junto à fronteira com a Sérvia, a concentração de refugiados diminuiu durante a manhã de hoje e nas últimas horas também caiu o número de imigrantes que entraram na Hungria.

A organização humanitária 'Ökumenikus Segélyszervezet' anunciou que criará em Röszke um "ponto de informação e de crise", segundo explicou seu diretor, László Lehel.

No local será oferecida ajuda humanitária, mas também haverá intérpretes para facilitar a comunicação entre os refugiados e as autoridades. 

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