Mundo

Autoridades europeias de proteção de dados investigam Prism

O G29, grupo de trabalho integrado de 29 instituições europeias, solicita concretamente esclarecimentos sobre a natureza exata das informações captadas


	Usuária da internet: G29 disse, em comunicado, que as respectivas legislações nacionais sobre a vigilância dos cidadãos devem se submeter a uma avaliação "mais rigorosa"
 (AFP/ Matt Inman)

Usuária da internet: G29 disse, em comunicado, que as respectivas legislações nacionais sobre a vigilância dos cidadãos devem se submeter a uma avaliação "mais rigorosa" (AFP/ Matt Inman)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de agosto de 2013 às 14h18.

Paris - Os organismos europeus de proteção de dados anunciaram nesta segunda-feira que decidiram investigar o impacto do programa secreto americano (Prism) de coleta de dados privados dos principais servidores e sua potencial violação à legislação europeia de proteção à informação.

O G29, grupo de trabalho integrado por representantes das 29 instituições europeias de proteção de dados, disse em comunicado que as respectivas legislações nacionais sobre a vigilância dos cidadãos devem se submeter a uma avaliação "mais rigorosa".

A existência do programa Prism era desconhecida até que em meados de junho os jornais "The Guardian" e "The Washington Post" publicaram uma série de documentos secretos que indicavam uma vigilância generalizada nas comunicações telefônicas e digitais de milhões de usuários no mundo todo.

O comunicado, divulgado pela francesa Comissão Nacional de Informática e Liberdades (CNIL), afirma que o G29 pediu a vice-presidente da Comissão Europeia, Viviane Reding, explicações sobre o programa e a legislação americana em relação ao controle de cidadãos europeus.

O CNIL e demais instituições do G29 afirmam que além do grupo de trabalho entre Washington e a União Europeia (UE) iniciada para analisar o acesso por parte dos serviços secretos dos EUA aos dados de cidadãos não americanos, corresponde aos próprios órgãos avaliar de maneira "independente" o impacto "exato" desse programa.

O G29 solicita concretamente esclarecimentos sobre a natureza exata das informações captadas, as condições em que as autoridades dos Estados Unidos podem acessar a esses dados, o tipo de controle exercido por esse país no processo e os recursos aos quais os cidadãos europeus podem recorrer.


O grupo considera que todos esses elementos são necessários para estimar em que medida a legislação americana está ou não de acordo com o direito internacional e europeu em relação à proteção da vida privada e da informação pessoal.

O dispositivo em massa de espionagem Prism foi revelado pelo ex-técnico da CIA Edward Snowden, que divulgou à imprensa que a Agência de Segurança Nacional (NSA) e o FBI têm acesso a milhões de registros telefônicos amparados na Lei Patriota, aprovada após os atentados de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos. EFE

Acompanhe tudo sobre:Edward SnowdenEspionagemEstados Unidos (EUA)EuropaPaíses ricosPrismUnião Europeia

Mais de Mundo

Israel reconhece que matou líder do Hamas em julho, no Irã

ONU denuncia roubo de 23 caminhões com ajuda humanitária em Gaza após bombardeio de Israel

Governo de Biden abre investigação sobre estratégia da China para dominar indústria de chips

Biden muda sentenças de 37 condenados à morte para penas de prisão perpétua