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Autoridades deslocam buscas por avião malaio para o sul

Autoridades da Austrália mudaram área de buscas do avião malaio desaparecido em março


	Mergulhador procura sinais do avião malaio: avião desapareceu em 8 de março
 (REUTERS/Australian Defence Force/Handout)

Mergulhador procura sinais do avião malaio: avião desapareceu em 8 de março (REUTERS/Australian Defence Force/Handout)

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Da Redação

Publicado em 26 de junho de 2014 às 12h56.

Sydney - As autoridades da Austrália mudaram nesta quinta-feira a área de buscas do avião malaio desaparecido em março para o sul do local que foi apontado, em princípio, como o destino final da aeronave, a cerca de 1,8 mil quilômetros do litoral oeste da Austrália.

"A nova área de prioridade continua concentrada no local onde a aeronave se comunicou pela última vez com o satélite. Agora estamos voltando nossas buscas mais ao sul ao longo de um arco baseado nesses cálculos", disse o vice-primeiro-ministro australiano, Warren Truss, em entrevista coletiva.

A análise da informação dos satélites permitiu definir uma nova zona de buscas, que abrange cerca de 60 mil quilômetros quadrados frente aos 860 quilômetros quadrados onde eram feitas as procuras anteriormente.

Nesta nova etapa será realizado um rastreamento "em termos gerais da área onde as buscas foram feitas pela primeira vez", enquanto as buscas submarinas serão retomadas em agosto, pelo período de um ano, se o avião não for encontrado antes.

O navio Fugro Equator, contratado pela Austrália, e o navio Zhu Kezhen, da Marinha chinesa, estão trabalhando há várias semanas na elaboração de um mapa do leito marinho e deverão completar suas tarefas em aproximadamente três meses.

"As buscas submarinas têm como objetivo localizar o avião ou qualquer tipo de evidência que ajude nas investigações malaias sobre o desaparecimento" da aeronave, disse Truss.

O chefe da Autoridade Australiana de Segurança no Transporte, Martin Dolan, informou, por outro lado, que a trajetória pelo Oceano Índico sugere que "o avião estava operando com o piloto automático até que ficou sem combustível".


Truss também afirmou que a hipótese de que o avião estivesse voando com o piloto automático é "muito provável", mas disse que não se sabe em que momento o mecanismo foi ativado.

No dia 18 de março, as autoridades definiram a área de buscas no setor meridional do Índico, a cerca de 2,5 mil quilômetros ao sudoeste da cidade australiana de Perth, mas, dez dias depois, o rastreamento foi transferido para o norte, a 1,8 mil quilômetros ao sudoeste dessa mesma cidade.

No mês seguinte, as buscas foram deslocadas para ainda mais ao norte, em uma área onde foram detectados sinais semelhantes aos de uma caixa-preta.

Porém, após o rastreamento submarino, nenhum vestígio da aeronave foi encontrado, o que obrigou as autoridades a revisar novamente todos os procedimentos.

Os trabalhos de busca ainda estão concentrados ao longo de um arco no Oceano Índico, onde os especialistas acreditam que o combustível do avião se esgotou e no qual os satélites detectaram pela última vez os sinais da aeronave.

A operadora britânica de satélites Inmarsat afirmou na semana passada que os investigadores ainda não rastrearam a área na qual eles consideram que o avião pode ter caído, situada mais ao sul.

O avião da Malaysia Airlines saiu de Kuala Lumpur na madrugada do dia 8 de março (tarde do dia 7 no Brasil), com 239 pessoas a bordo, e tinha previsão de chegada em Pequim seis horas mais tarde, mas desapareceu das telas dos controladores aéreos 40 minutos depois da decolagem.

A aeronave mudou de rumo em uma "ação deliberada", segundo as autoridades malaias, para atravessar o Estreito de Malaca em direção oposta ao seu trajeto inicial e acredita-se que seu destino final foi no sul do Oceano Índico.

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