A causa do incêndio ainda não está clara, mas as autoridades estão investigando como começou simultaneamente a partir de três locais diferentes e também o modo como foi tratado pelas autoridades (INSTAGRAM/ @OI.IOANNIS/Reuters)
Reuters
Publicado em 26 de julho de 2018 às 15h20.
Mati - A temperatura mais fresca chegou acompanhada da indignação na Grécia nesta quinta-feira, quando equipes de resgate vasculharam terra arrasada e o litoral em busca de sobreviventes três dias depois de um incêndio florestal devastador que matou pelo menos 85 pessoas.
Em um país assombrado pela escala da destruição, parentes desesperados apareceram na televisão para pedir informações sobre desaparecidos, enquanto surgiam dúvidas sobre por que tantas pessoas ficaram presas por uma parede de chamas nas ruas de em Mati, sem rota de saída.
"Isso não deveria ter acontecido, pessoas morreram sem razão", disse uma mulher, chorando, ao ministro da Defesa, Panos Kammenos, enquanto ele visitava a cidade e áreas próximas. "Vocês nos deixaram à mercê de Deus!".
Não ficou claro por que não houve uma ordem de retirada, com os bombeiros, a administração local e o governo central colocando a responsabilidade um no outro.
O número de mortos do pior incêndio na Grécia em décadas deve subir ainda mais, à medida que cerca de 300 bombeiros e voluntários vasculham a área atingida em busca de dezenas de pessoas ainda desaparecidas.
Uma mulher estava procurando por seu irmão, que estava voltando do trabalho quando as chamas tomaram conta. "Meu pai foi a última pessoa a falar com ele na noite de segunda-feira", disse Katerina Hamilothori à Skai TV. "Nós não tivemos nenhuma notícia."
A causa do incêndio ainda não está clara, mas as autoridades, incluindo um promotor de Atenas, estão investigando como começou simultaneamente a partir de três locais diferentes, e também o modo como foi tratado pelas autoridades.