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Autor de tiroteio na Flórida disse ter participado de chats do EI

Segundo veículos de comunicação locais, Santiago respondeu com monossílabos todas as perguntas feitas pela juíza federal

Santiago: o EI não reivindicou o tiroteio no aeroporto de Fort Lauderdale, que deixou cinco mortos e meia dúzia de feridos (Reprodução/Reuters)

Santiago: o EI não reivindicou o tiroteio no aeroporto de Fort Lauderdale, que deixou cinco mortos e meia dúzia de feridos (Reprodução/Reuters)

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EFE

Publicado em 17 de janeiro de 2017 às 19h32.

Miami - O ex-militar Esteban Santiago, suposto autor de cinco assassinatos no aeroporto de Fort Lauderdale (Estados Unidos), disse à polícia que participou de chats dos jihadistas do Estado Islâmico, segundo um dos agentes que testemunhou nesta terça-feira em uma audiência do caso.

Na audiência, Santiago, vestido com o macacão vermelho dos detentos de máxima segurança, compareceu perante a juíza federal Lurena Snow, que decidiu não conceder-lhe liberdade sob fiança, atendendo ao pedido dos representantes da promotoria.

Segundo veículos de comunicação locais, Santiago respondeu com monossílabos todas as perguntas feitas por Snow.

Um dos que testemunhou hoje foi o agente especial do FBI (polícia federal americana), Michael Ferlazzo, que participou dos interrogatórios aos quais Santiago foi submetido desde sua detenção no mesmo dia do ataque, no último dia 6 de janeiro.

Segundo Ferlazzo, no início Santiago afirmou que tinha a mente controlada pela CIA (agência de inteligência), mas depois, segundo afirmaram o jornal "Sun Sentinel" e a emissora de televisão "KTLA5", confessou que tinha visitado a "dark web" para participar de conversas com "jihadistas".

O EI não reivindicou o tiroteio no aeroporto de Fort Lauderdale, que deixou cinco mortos e meia dúzia de feridos, e o FBI investiga se esta confissão tem alguma validade.

Há mais de uma semana, as autoridades tinham dito que Santiago, nascido há 26 anos nos EUA e de família porto-riquenha, confessou ao FBI que tinha preparado o ataque ao aeroporto, que não tinha sido algo espontâneo.

Até agora não se determinou quais foram os motivos que lhe levaram a disparar contra os passageiros que se encontravam em uma das salas de retirada de bagagens do aeroporto e os responsáveis da investigação não descartaram que tenha sido um ato terrorista.

Procedente do Alasca, o jovem, que esteve dois anos (2010-2011) destacado como militar no Iraque, chegou no dia 6 de janeiro a Fort Laudedale com uma passagem só de ida e uma pistola semiautomática de 9 milímetros e munição em sua bagagem despachada.

Ao chegar, recolheu sua bagagem, foi ao banheiro, retornou à sala de retirada de bagagens com a pistola na cintura e, segundo mostram os vídeos de segurança, começou a disparar nas pessoas que encontrava em seu caminho.

Quando acabaram as balas se jogou no chão e ficou esperando que a polícia o prendesse, uma vez não demonstrou qualquer resistência.

Na semana passada, Santiago compareceu pela primeira vez perante a Justiça. Uma juíza federal, Alicia Valle, lhe nomeou um advogado de ofício e lhe advertiu que pode ser condenado à morte pelos crimes dos quais ainda não foi formalmente acusado.

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