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Aumenta risco de câncer perto da central de Fukushima

Segundo a OMS, o risco de câncer de tireóide entre as mulheres e as crianças chega a 1,25%, acima do índice comum, de 0,75%


	Jornalista observa nível de radiação na usina de Fukushima: OMS insiste na necessidade de fazer um acompanhamento durante anos das populações mais expostas
 (Yoshikazu Tsuno/AFP)

Jornalista observa nível de radiação na usina de Fukushima: OMS insiste na necessidade de fazer um acompanhamento durante anos das populações mais expostas (Yoshikazu Tsuno/AFP)

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Da Redação

Publicado em 28 de fevereiro de 2013 às 09h51.

Genebra - O acidente nuclear de Fukushima, no Japão, aumentou relativamente o risco de câncer nas zonas mais afetadas, perto da central, considera um relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgado nesta quinta-feira em Genebra.

O estudo deduz que o acidente de Fukushima, ocorrido em 2011, "não deve significar nenhum aumento perceptível dos riscos para a saúde no exterior do Japão", acrescenta o relatório.

Os especialistas consideram neste documento de 166 páginas que, em um raio de 20 km ao redor da central acidentada por um violento terremoto seguido de um tsunami, o risco de câncer de tireóide entre as mulheres e as crianças chega a 1,25%, acima do índice comum, de 0,75%.

Em 1986, depois do acidente de Chernobyl, na Ucrânia, foi detectado um aumento considerável do número de casos de câncer de tireóide entre as crianças.

"A primeira preocupação identificada neste relatório envolve os riscos específicos de câncer vinculados à região e a fatores demográficos", explicou María Neira, diretora da OMS para a Saúde e o Meio Ambiente.

"Uma análise dos dados, baseada na idade, no sexo e na proximidade em relação à central mostra um risco maior para aqueles que estavam nas zonas mais contaminadas. Fora destas zonas, incluindo a cidade de Fukushima, não se espera nenhum aumento de risco de câncer", afirmou Neira.

A OMS insiste no relatório na necessidade de fazer um acompanhamento durante anos das populações mais expostas, e de vigiar os alimentos e o meio ambiente.

Para os operários que trabalham na estabilização da central, há "um aumento do risco" de leucemia e de câncer de tireóide e de outro tipo, acrescenta a OMS.

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