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Aumenta risco de ataque terrorista no aeroporto de Cabul, no Afeganistão

Países europeus decidem parar as operações de resgaste; ainda há 250 mil afegãos com direito ao visto americano presos no Afeganistão

Avião com centenas de pessoas decola de Cabul: com aumento do risco de atentado, países suspendem evacuação (Handout/Getty Images)
CA

Carla Aranha

Publicado em 26 de agosto de 2021 às 11h00.

Última atualização em 26 de agosto de 2021 às 11h01.

A ameaça de um ataque terrorista no aeroporto de Cabul, no Afeganistão , onde milhares de pessoas se aglomeram a espera de um voo para fora do país, se tornou mais intensa, alertaram autoridades ocidentais nesta quinta, 26. Países como os Estados Unidos e Alemanha passaram a orientar os cidadãos residentes na capital afegã a ficar em casa. “Quem estiver no perímetro do aeroporto deve deixar o local imediatamente”, alertou o governo americano.

Os governos do Reino Unido e Austrália emitiram comunicados semelhantes, enfatizando que há “um risco muito alto de um ataque terrorista”.

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A Bélgica já ordenou o fim de sua operação de regaste de civis em função do aumento da ameaça de operações suicida. “Nesta quinta, a situação rapidamente piorou”, disse Alexander De Croo, primeiro-ministro da Bélgica. “Nós observamos que o acesso aos portões do aeroporto ficou quase impossível como resultado do aumento da probabilidade de atentados”.

A França anunciou que o país encerrará a missão nesta sexta, 27. Os Estados Unidos devem manter o prazo de 31 de agosto.

Estimativas iniciais apontam que ainda há cerca de 1.500 americanos, além de civis de outras nacionalidades e afegãos presos no país. Cada dia que passa, as chances de resgatar essas pessoas diminui. Milhares de afegãos permanecem acampados do lado de fora do aeroporto.

Estimativas realizadas por pesquisadores de universidades americanas e relatos do Departamento de Defesa dos Estados Unidos apontam que 250 mil afegãos que têm direito ao visto americano não conseguiram deixar o Afeganistão. Trata-se de um contingente de civis, formado por intérpretes e outros profissionais, que colaborou diretamente com as forças americanas. Muitos temem represálias do Talibã, que tomou o país no último dia 15, e imploram por um resgate.

 

 

 

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