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Aumenta número de migrantes mortos no Mediterrâneo, diz ONU

Apesar da queda significativa do número de imigrantes, a UE enfrenta crise política devido às divergências em relação à acolhida de refugiados e imigrantes

Imigração: durante o primeiro semestre de 2018, 46.000 imigrantes alcançaram costas europeias através do Mediterrâneo (AFP/AFP)

Imigração: durante o primeiro semestre de 2018, 46.000 imigrantes alcançaram costas europeias através do Mediterrâneo (AFP/AFP)

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AFP

Publicado em 6 de julho de 2018 às 17h26.

O número de migrantes que atravessaram o Mediterrâneo diminuiu significativamente durante o primeiro semestre deste ano, embora o número de mortos tenha aumentado, informou a ONU nesta sexta-feira.

Durante o primeiro semestre de 2018, 46.000 imigrantes alcançaram as costas europeias através do Mediterrâneo, cinco vezes menos que no mesmo período de 2016, quando se registrou um número de chegada recorde na Europa.

Nas costas italianas e maltesas, chegaram menos de 17.000 imigrantes durante os seis primeiros meses de 2018, enquanto no primeiro semestre de 2017 foram 85.000, indicou a Organização Internacional para as Migrações (OIM), a agência da ONU para as migrações.

Embora o número de chegadas tenha diminuído, "a porcentagem de pessoas encontradas mortas aumentou de maneira significativa", assegurou à AFP Charlie Yaxley, o porta-voz da agência da ONU para os refugiados (HCR).

Durante o primeiro semestre de 2018, um em cada 19 migrantes que tentaram cruzar o Mediterrâneo pela rota da Líbia para a Itália morreu. No mesmo período de 2017, foram um em cada 38.

Segundo o porta-voz do HCR, o mês de junho foi ainda mais mortífero, com a morte de um migrante de cada sete que partiram das costas líbias.

Apesar da queda significativa do número de imigrantes, a União Europeia enfrenta uma profunda crise política devido às divergências em relação à acolhida de refugiados e imigrantes, procedentes da África e do Oriente Médio.

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