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Ativista indiano sai da prisão aclamado e prossegue greve de fome

Anna Hazare passou três dias detido, mas confirmou que vai manter o protesto contra a corrupção no governo

Milhares de pessoas participaram de protestos em apoio a Anna Hazare em Nova Déli (Raveendran/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de agosto de 2011 às 14h06.

Nova Déli - O ativista indiano Anna Hazare saiu nesta sexta-feira da prisão aclamado por uma multidão para prosseguir em liberdade seu jejum contra a corrupção, três dias depois que sua detenção ampliou ao máximo os ecos de sua campanha de protesto.

Hazare deixou o presídio de Tihar entre ovações de seus seguidores e imediatamente iniciou uma marcha acompanhado de milhares de pessoas rumo ao parque de Ramlila, após vencer a batalha contra as autoridades, que resistiam a permitir uma ação reivindicatória deste significado e magnitude.

O ativista foi detido na terça-feira pela Polícia após se negar a aceitar as condições que pretendiam impor seu protesto, e começou sua greve de fome na prisão acompanhado por seus colaboradores.

Quase 72 horas depois, e segundo dados da Polícia, cerca de 7.000 partidários de sua reivindicação se reuniram no citado parque, vigiados de perto por mil agentes de segurança.

Nem sequer a chuva impediu o desfile triunfal do ativista pelas ruas de Nova Déli, infestadas de bandeiras indianas que ondeavam à passagem do caminhão descoberto de onde Hazare cumprimentou as pessoas por cerca de três horas.

Em um momento do caminho, Hazare parou para prestar homenagem no túmulo de "mahatma" Gandhi, precursor da luta não violenta no subcontinente indiano.

Além disso, fez uma breve parada na Porta da Índia, um dos pontos simbólicos de Nova Déli, e na qual se ergue um arco monumental dedicado aos soldados nacionais.

Uma vez instalado em um palco com uma enorme imagem de Gandhi, Hazare repetiu que sua campanha é "o início de uma nova revolução, de uma nova luta pela liberdade", e comparou este protesto com o combate contra o Império Britânico.

"Obtivemos a independência em 1947, mas nossa luta pela independência total começou no dia 16 de agosto (dia em que foi preso) e vamos continuar até que consigamos uma Índia livre de corrupção", proclamou Hazare no meio do fervor da audiência.

Seus seguidores responderam com slogans como "Viva a independência" ou "Viva a mãe Índia", próprios das manifestações anticoloniais lideradas por Gandhi há mais de meio século.

"A tocha da revolução tem que continuar acesa. Não se trata apenas de (a Lei) Lokpal, temos que conseguir a transformação deste país", acrescentou.

Hazare explicou que já perdeu três quilos desde que começou a jejuar, mas afirmou que está bem e com energia para continuar com a greve de fome.

Uma ação que durará enquanto não for aprovada a denominada Lei Lokpal, eixo de sua campanha, insistiu, apesar dos desejos das autoridades de limitá-la.

O objetivo de seu movimento é conseguir a aprovação de uma lei anticorrupção mais ambiciosa que a apresentada no Parlamento pelo Governo, que exclui de seu alcance o primeiro-ministro, o Poder Judiciário e boa parte dos burocratas.

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Nova Déli - O ativista indiano Anna Hazare saiu nesta sexta-feira da prisão aclamado por uma multidão para prosseguir em liberdade seu jejum contra a corrupção, três dias depois que sua detenção ampliou ao máximo os ecos de sua campanha de protesto.

Hazare deixou o presídio de Tihar entre ovações de seus seguidores e imediatamente iniciou uma marcha acompanhado de milhares de pessoas rumo ao parque de Ramlila, após vencer a batalha contra as autoridades, que resistiam a permitir uma ação reivindicatória deste significado e magnitude.

O ativista foi detido na terça-feira pela Polícia após se negar a aceitar as condições que pretendiam impor seu protesto, e começou sua greve de fome na prisão acompanhado por seus colaboradores.

Quase 72 horas depois, e segundo dados da Polícia, cerca de 7.000 partidários de sua reivindicação se reuniram no citado parque, vigiados de perto por mil agentes de segurança.

Nem sequer a chuva impediu o desfile triunfal do ativista pelas ruas de Nova Déli, infestadas de bandeiras indianas que ondeavam à passagem do caminhão descoberto de onde Hazare cumprimentou as pessoas por cerca de três horas.

Em um momento do caminho, Hazare parou para prestar homenagem no túmulo de "mahatma" Gandhi, precursor da luta não violenta no subcontinente indiano.

Além disso, fez uma breve parada na Porta da Índia, um dos pontos simbólicos de Nova Déli, e na qual se ergue um arco monumental dedicado aos soldados nacionais.

Uma vez instalado em um palco com uma enorme imagem de Gandhi, Hazare repetiu que sua campanha é "o início de uma nova revolução, de uma nova luta pela liberdade", e comparou este protesto com o combate contra o Império Britânico.

"Obtivemos a independência em 1947, mas nossa luta pela independência total começou no dia 16 de agosto (dia em que foi preso) e vamos continuar até que consigamos uma Índia livre de corrupção", proclamou Hazare no meio do fervor da audiência.

Seus seguidores responderam com slogans como "Viva a independência" ou "Viva a mãe Índia", próprios das manifestações anticoloniais lideradas por Gandhi há mais de meio século.

"A tocha da revolução tem que continuar acesa. Não se trata apenas de (a Lei) Lokpal, temos que conseguir a transformação deste país", acrescentou.

Hazare explicou que já perdeu três quilos desde que começou a jejuar, mas afirmou que está bem e com energia para continuar com a greve de fome.

Uma ação que durará enquanto não for aprovada a denominada Lei Lokpal, eixo de sua campanha, insistiu, apesar dos desejos das autoridades de limitá-la.

O objetivo de seu movimento é conseguir a aprovação de uma lei anticorrupção mais ambiciosa que a apresentada no Parlamento pelo Governo, que exclui de seu alcance o primeiro-ministro, o Poder Judiciário e boa parte dos burocratas.

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