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Ativista do Pussy Riot é internado com sinais de envenenamento

Piotr Verzilov é um dos quatro ativistas que invadiram o campo da final da Copa do Mundo na Rússia

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Piotr Verzilov: sua companheira informou que o ativista começou a perder a visão, a fala e a mobilidade (Sergei Karpukhin/Reuters)

Piotr Verzilov: sua companheira informou que o ativista começou a perder a visão, a fala e a mobilidade (Sergei Karpukhin/Reuters)

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EFE

Publicado em 13 de setembro de 2018 às, 12h21.

Última atualização em 13 de setembro de 2018 às, 12h24.

Moscou - O ativista do grupo punk Pussy Riot Piotr Verzilov foi internado em um hospital de Moscou em estado "crítico" e com supostos sinais de envenenamento, denunciou nesta quinta-feira o grupo em sua página no Facebook.

Verzilov - um dos quatro ativistas do Pussy Riot que invadiu o campo do estádio Luzhniki durante a final da Copa do Mundo entre França e Croácia, e que é um dos editores da plataforma independente de notícias Mediazona - foi hospitalizado em "estado crítico", na terça-feira passada, na unidade de toxicologia do Hospital Clínico Bakhrushin de Moscou.

Sua companheira, Veronika Nikulshina, disse ao jornal digital "Meduza", dirigido por Verzilov, que ele "começou a perder a visão, a fala e a mobilidade".

Seus amigos relataram que a mãe do ativista tentou visitá-lo no hospital, na quarta-feira à tarde, mas os funcionários do local não permitiram, e "inclusive recusaram informar a ela o estado de saúde e o diagnóstico preliminar de Verzilov.

"No hospital, disseram a sua mãe que não tinham permissão para dar essa informação. Disseram-lhe que fosse embora e foram desrespeitosos. Falaram que ela não podia ficar ali e insistiram em que não podiam dar nenhum dado sobre seu filho até que ele mesmo assinasse a autorização", relatou o "Meduza".

Os amigos do ativista denunciaram que Verzilov não pode assinar nenhuma permissão no estado em que se encontra.

Segundo sua companheira, Verzilov começou a se sentir mal pouco depois de uma audiência em um tribunal na terça-feira. Às seis da tarde, hora local, se deitou para descansar e quando Nikulshina chegou a casa duas horas depois, Verzilov "acordou e disse que estava começando a perder a visão".

"Entre as oito e as dez seu estado piorou gradualmente. Primeiro foi a visão, depois sua capacidade de fala e depois a de movimento", relatou Nikulshina ao "Meduza".

"Quando chegaram os paramédicos, ele respondeu suas perguntas e lhes afirmou que não tinha comido nada", disse Nikulshina.

"Foi então que seu estado piorou rapidamente e começou a convulsionar. No caminho do hospital, na ambulância, já estava balbuciando. Caiu em um estado meio inconsciente e deixou de responder e de me reconhecer", continuou a companheira de Verzilov.

Segundo ela, os médicos não encontraram "nada de errado" inicialmente em seu diagnóstico preliminar, mas por volta de uma da madrugada "repentinamente transferiram Verzilov para a unidade de toxicologia do hospital".

Os funcionários da unidade de saúde se negaram a dizer a Nikulshina que tinham diagnosticado que o ativista fora envenenado, alegando que ela era somente sua companheira e que portanto não tinha "nenhum direito" de ser informada sobre o resultado dos exames.

Horas mais tarde, os familiares de Verzilov disseram que os médicos trabalham com a hipótese de intoxicação por ingestão de remédios como possível causa da repentina deterioração de sua saúde, já que mencionaram fármacos anticolinérgicos para tratar de uma ampla gama de sintomas e cujo consumo em dose inadequada pôde ter levado a esses efeitos secundários.

A família do ativista se nega a aceitar a hipótese, ao estar segura de que Verzilov não poderia ter tomado pílulas capazes de causar esse efeito por vontade própria.

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