James Eagan Holmes, o acusado do massacre no cinema durante o filme "Batman" de cabelo vermelho (RJ Sangosti/Reuters)
Da Redação
Publicado em 24 de agosto de 2012 às 18h58.
Nova York - O ex-universitário James Holmes, que matou 12 pessoas dentro de um cinema no mês passado no Colorado, disse a um colega de classe em março que queria matar pessoas, afirmaram promotores em uma peça judicial de acusação divulgada nesta sexta-feira.
"As provas reunidas até agora indicam ... que o réu teve conversas com um colega de classe sobre querer matar pessoas, em março de 2012, e que iria fazer isso quando sua vida tivesse acabado", afirmam os promotores.
Holmes, ex-doutorando em Neurociências, é acusado de ter entrado armado numa pré-estreia de "Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge" e disparado aleatoriamente contra a plateia, na localidade de Aurora, em 20 de julho. Outras 58 pessoas ficaram feridas.
A acusação já havia dito que antes do crime a carreira acadêmica de Holmes, antes promissora, estava em perigo desde que ele fora reprovado na qualificação do seu doutorado, e um dos professores sugeriu que ele deveria ser desligado dessa competitiva pós-graduação.
Na quinta-feira, numa audiência em que pleiteavam acesso ao histórico acadêmico de Holmes, os promotores já haviam dito que ele havia "feito ameaças, e que essas ameaças foram informadas à polícia".
No documento divulgado nesta sexta-feira, os promotores acrescentaram que Holmes foi proibido de entrar no Campus Médico Anschutz, da Universidade do Colorado, depois de fazer ameaças a um professor, em 12 de junho, e que depois disso ele trancou sua matrícula.