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Iraque sofre novos atentados na véspera de eleições

Na série de ataques, 35 pessoas ficaram feridas

Soldados iraquianos inspecionam os estragos em Aziziyah: o atentado mais violento desta terça aconteceu na zona industrial dessa cidade (Ali al-Alak/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de abril de 2013 às 13h03.

Bagdá - O Iraque vivia uma nova onda de violência, na véspera das eleições provinciais deste sábado, as primeiras desde a retirada das tropas americanas, no fim de 2011, com a morte de 35 pessoas em ataques nos últimos dois dias.

As eleições devem servir como um termômetro da popularidade do primeiro-ministro Nouri al-Maliki, muito criticado por membros de sua coalizão e pela minoria sunita, e para mostrar a capacidade das forças de segurança em manter a ordem.

Mas nesta sexta-feira novos ataques contra mesquitas deixaram oito mortos e 27 feridos.

Em Khalis, na província instável de Diyala, ao norte de Bagdá, quatro morteiros mataram sete pessoas e feriram outras doze. De acordo com um policial e um médico, o alvo dos disparos era uma mesquita sunita.

Mais ao norte, em Kirkuk, uma bomba matou uma pessoa e feriu 15. A bomba tinha como alvo uma mesquita xiita.

Estes novos episódios de violência ocorrem após o ataque a um café no oeste de Bagdá, que matou 27 pessoas. De acordo com fontes médicas e da segurança, entre as vítimas estavam três crianças e uma mulher.

Todas as janelas das lojas e de casas vizinhas foram destruídas, informou um jornalista da AFP que visitou o local dos ataques desta sexta-feira.

Os moradores não escondem sua indignação contra as forças de segurança.

"Vivemos em meio à explosões. Embora elas (forças de segurança) não sejam a causa dos ataques, contribuem, porque são preguiçosos e não mantém o controle. Tudo isso é culpa das autoridades", reclamou um homem que não quis se identificar.


Estes novos ataques ainda não foram reivindicados, mas os insurgentes sunitas, incluindo membros da al-Qaeda no Iraque, continuam a realizar ataques diários na tentativa de desestabilizar o governo de Nouri al-Maliki.

Em resposta ao ataque de quinta-feira à noite, o exército e a polícia reforçaram seus postos de controle em toda a capital iraquiana. O bairro de Amriya, local do atentado, está sujeito a um toque de recolher até novo aviso.

De modo geral, e para garantir a segurança durante as eleições de sábado, Saad Maan, porta-voz do ministério do Interior, declarou à AFP que em todo o país, "as forças dos ministérios do Interior e da Defesa estarão envolvidas" no esquema de segurança.

Sábado, 13,8 milhões de eleitores iraquianos são chamados a renovar as assembleias provinciais de 12 das 18 províncias.

A campanha eleitoral foi marcada por um aumento acentuado na violência. Quatorze candidatos foram assassinados desde o início do ano. Março foi o mês mais mortífero, e, desde domingo, 118 pessoas morreram em meio à violência.

Além disso, as eleições sofrem com a falta de credibilidade, de acordo com diplomatas e analistas.

Apenas dois terços das províncias iraquianas votam. As três províncias da região autônoma do Curdistão têm seu próprio calendário eleitoral e em Kirkuk (norte) a disputa entre governo e Curdistão impede de haver votação.

Além disso, dada a instabilidade, o governo decidiu adiar a eleição em Nínive (norte) e em Anbar (oeste), duas províncias predominantemente sunitas, onde protestos anti-governo se sucedem desde o final de dezembro.

Manifestantes sunitas exigem a renúncia de Nuri al-Maliki e o fim da "marginalização" que eles consideram ser vítimas.

No plano político, o chefe de Governo enfrenta uma crise prolongada. Seus parceiros na coalizão de governo o acusam de monopolizar o poder e o Parlamento não aprova uma legislação de importância desde as eleições parlamentares de março de 2010.

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Bagdá - O Iraque vivia uma nova onda de violência, na véspera das eleições provinciais deste sábado, as primeiras desde a retirada das tropas americanas, no fim de 2011, com a morte de 35 pessoas em ataques nos últimos dois dias.

As eleições devem servir como um termômetro da popularidade do primeiro-ministro Nouri al-Maliki, muito criticado por membros de sua coalizão e pela minoria sunita, e para mostrar a capacidade das forças de segurança em manter a ordem.

Mas nesta sexta-feira novos ataques contra mesquitas deixaram oito mortos e 27 feridos.

Em Khalis, na província instável de Diyala, ao norte de Bagdá, quatro morteiros mataram sete pessoas e feriram outras doze. De acordo com um policial e um médico, o alvo dos disparos era uma mesquita sunita.

Mais ao norte, em Kirkuk, uma bomba matou uma pessoa e feriu 15. A bomba tinha como alvo uma mesquita xiita.

Estes novos episódios de violência ocorrem após o ataque a um café no oeste de Bagdá, que matou 27 pessoas. De acordo com fontes médicas e da segurança, entre as vítimas estavam três crianças e uma mulher.

Todas as janelas das lojas e de casas vizinhas foram destruídas, informou um jornalista da AFP que visitou o local dos ataques desta sexta-feira.

Os moradores não escondem sua indignação contra as forças de segurança.

"Vivemos em meio à explosões. Embora elas (forças de segurança) não sejam a causa dos ataques, contribuem, porque são preguiçosos e não mantém o controle. Tudo isso é culpa das autoridades", reclamou um homem que não quis se identificar.


Estes novos ataques ainda não foram reivindicados, mas os insurgentes sunitas, incluindo membros da al-Qaeda no Iraque, continuam a realizar ataques diários na tentativa de desestabilizar o governo de Nouri al-Maliki.

Em resposta ao ataque de quinta-feira à noite, o exército e a polícia reforçaram seus postos de controle em toda a capital iraquiana. O bairro de Amriya, local do atentado, está sujeito a um toque de recolher até novo aviso.

De modo geral, e para garantir a segurança durante as eleições de sábado, Saad Maan, porta-voz do ministério do Interior, declarou à AFP que em todo o país, "as forças dos ministérios do Interior e da Defesa estarão envolvidas" no esquema de segurança.

Sábado, 13,8 milhões de eleitores iraquianos são chamados a renovar as assembleias provinciais de 12 das 18 províncias.

A campanha eleitoral foi marcada por um aumento acentuado na violência. Quatorze candidatos foram assassinados desde o início do ano. Março foi o mês mais mortífero, e, desde domingo, 118 pessoas morreram em meio à violência.

Além disso, as eleições sofrem com a falta de credibilidade, de acordo com diplomatas e analistas.

Apenas dois terços das províncias iraquianas votam. As três províncias da região autônoma do Curdistão têm seu próprio calendário eleitoral e em Kirkuk (norte) a disputa entre governo e Curdistão impede de haver votação.

Além disso, dada a instabilidade, o governo decidiu adiar a eleição em Nínive (norte) e em Anbar (oeste), duas províncias predominantemente sunitas, onde protestos anti-governo se sucedem desde o final de dezembro.

Manifestantes sunitas exigem a renúncia de Nuri al-Maliki e o fim da "marginalização" que eles consideram ser vítimas.

No plano político, o chefe de Governo enfrenta uma crise prolongada. Seus parceiros na coalizão de governo o acusam de monopolizar o poder e o Parlamento não aprova uma legislação de importância desde as eleições parlamentares de março de 2010.

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