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Atentados com carros-bomba deixam 25 mortos em Bagdá

Pelo menos nove carros-bomba explodiram em diferentes bairros da capital em horário de muito movimento, deixando também mais de 80 feridos


	Moradores recolhem objetos diante de carros queimados numa explosão em Bagdá: carros-bomba explodiram perto de um quartel-general da polícia em Baladiyat

	
	
 (AFP)

Moradores recolhem objetos diante de carros queimados numa explosão em Bagdá: carros-bomba explodiram perto de um quartel-general da polícia em Baladiyat (AFP)

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Da Redação

Publicado em 13 de maio de 2014 às 16h14.

Ao menos 25 pessoas morreram nesta terça-feira em uma série de atentados com carros-bomba dirigidos principalmente contra bairros xiitas de Bagdá.

Pelo menos nove carros-bomba explodiram em diferentes bairros da capital em horário de muito movimento, deixando também mais de 80 feridos, informaram os serviços médicos e de segurança.

"O Estado fracassou. Fracassou completamente. Os ataques são dirigidos apenas contra inocentes, e as valentes autoridades estão abrigadas na zona verde", uma área protegida onde se localizam muitas das instituições, protestou Abu Nuri, proprietário de uma garagem atingida pela explosão de um dos carros-bomba.

Um homem, que se fez passar por um cliente, foi ao local para deixar seu carro. "Depois disse que o deixaria aqui para ir buscar as peças de reposição, e foi embora", explica o comerciante de 54 anos.

"Quando explodiu, apenas um de meus funcionários estava aqui. Ele caiu. Havia fumaça por toda parte. Muita gente chorava, outros fugiam", conta.

Outros carros-bomba explodiram perto de um quartel-general da polícia em Baladiyat, no leste da cidade, e nos bairros de Jamila, Sadr City, Ur e Mamaal.

Nuvens de fumaça se elevavam sobre a cidade, onde várias lojas foram atingidas, constatou a AFP.

Ao meio-dia local os atentados ainda não haviam sido reivindicados. No passado, vários grupos de insurgentes sunitas realizaram ataques coordenados como este contra bairros de maioria xiita.

O Iraque é cenário de ataques e atentados que provocam 25 mortes em média por dia, em uma espiral de violência similar a de 2008, quando o país enfrentava um conflito étnico.

As autoridades atribuem a violência a fatores externos, sobretudo à guerra na vizinha Síria. Mas analistas e diplomatas afirmam que a situação é provocada pelo descontentamento da minoria sunita, que se considera marginalizada pelas autoridades.

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