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Atentado suicida do Boko Haram mata 11 em Camarões

Segundo a fonte de segurança, a maioria das vítimas eram integrantes do comitê de vigilância encarregado de detectar combatentes do Boko Haram

Boko Haram: "O balanço atual deste atentado é de 11 mortos e 4 feridos", informou o governador da região (AFP/ Stephane Yas)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de junho de 2016 às 12h17.

Um atentado suicida do grupo islamita nigeriano Boko Haram deixou 11 mortos em Camarões , evidenciando sua capacidade de ataque, apesar das derrotas diante das Forças Armadas de vários países da região.

"Um suicida do Boko Haram detonou seus explosivos à noite em Djakana", uma localidade da região do Extremo Norte, na fronteira com a Nigéria, deixando dez mortos, havia declarado à AFP uma fonte de segurança que pediu o anonimato.

"O balanço atual deste atentado é de 11 mortos e 4 feridos", informou posteriormente à AFP o governador da região, Midjiyawa Bakari. Ele acrescentou que os feridos foram levados a dois hospitais.

Segundo a fonte de segurança, a maioria das vítimas eram integrantes do comitê de vigilância encarregado de detectar combatentes do Boko Haram, um grupo filiado à organização Estado Islâmico (EI), e de avisar as forças de segurança em caso de infiltração de jihadistas.

"Estavam reunidos em uma sala de vídeo quando um suicida se infiltrou e detonou os explosivos", informou.

O governador classificou de imprudentes os jovens que administram o comitê. "As atividades estão proibidas, se arriscam divulgando filmes à noite com um gerador elétrico".

"Reina uma certa calma na região, mas pedimos às populações que esperem a autorização para retomar as atividades, sobretudo na linha de frente", acrescentou o governador.

Nas últimas semanas não haviam sido cometidos atentados suicidas nesta região, fronteiriça com a zona na qual o Boko Haram costuma agir.

Os islamitas costumam usar mulheres e meninas como suicidas em Nigéria, Camarões, Chade e Níger para atacar sobretudo mesquitas, mercados, pontos de ônibus e postos de controle.

Alguns ataques também foram dirigidos contra campos de deslocados pelo conflito que desde 2009 deixou 20.000 mortos e 2,3 milhões de refugiados.

Ofensivas

Nos últimos meses, o grupo acumulou derrotas militares e perdeu quase todas as localidades que controlava no nordeste da Nigéria.

Embora a ameaça do Boko Haram tenha diminuído, "não foi erradicada", afirma o general Patrick Brethous, comandante da operação militar francesa que luta contra os grupos jihadistas no Sahel.

O Boko Haram "não tem capacidade para atacar Yamena", a capital do Chade, "e não vai mais às grandes cidades", mas "segue presente no estado de Borno", no nordeste da Nigéria, especialmente na região do lago Chade, adverte o general.

Há operações em andamento - acrescenta - no estado de Borno e ao redor do lago Chade, e uma contraofensiva está sendo preparada.

"É preciso prosseguir com as operações de forma coordenada no seio da força multinacional mista e com o apoio de alguns países ocidentais como Estados Unidos, França e Reino Unido", concluiu o general.

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Um atentado suicida do grupo islamita nigeriano Boko Haram deixou 11 mortos em Camarões , evidenciando sua capacidade de ataque, apesar das derrotas diante das Forças Armadas de vários países da região.

"Um suicida do Boko Haram detonou seus explosivos à noite em Djakana", uma localidade da região do Extremo Norte, na fronteira com a Nigéria, deixando dez mortos, havia declarado à AFP uma fonte de segurança que pediu o anonimato.

"O balanço atual deste atentado é de 11 mortos e 4 feridos", informou posteriormente à AFP o governador da região, Midjiyawa Bakari. Ele acrescentou que os feridos foram levados a dois hospitais.

Segundo a fonte de segurança, a maioria das vítimas eram integrantes do comitê de vigilância encarregado de detectar combatentes do Boko Haram, um grupo filiado à organização Estado Islâmico (EI), e de avisar as forças de segurança em caso de infiltração de jihadistas.

"Estavam reunidos em uma sala de vídeo quando um suicida se infiltrou e detonou os explosivos", informou.

O governador classificou de imprudentes os jovens que administram o comitê. "As atividades estão proibidas, se arriscam divulgando filmes à noite com um gerador elétrico".

"Reina uma certa calma na região, mas pedimos às populações que esperem a autorização para retomar as atividades, sobretudo na linha de frente", acrescentou o governador.

Nas últimas semanas não haviam sido cometidos atentados suicidas nesta região, fronteiriça com a zona na qual o Boko Haram costuma agir.

Os islamitas costumam usar mulheres e meninas como suicidas em Nigéria, Camarões, Chade e Níger para atacar sobretudo mesquitas, mercados, pontos de ônibus e postos de controle.

Alguns ataques também foram dirigidos contra campos de deslocados pelo conflito que desde 2009 deixou 20.000 mortos e 2,3 milhões de refugiados.

Ofensivas

Nos últimos meses, o grupo acumulou derrotas militares e perdeu quase todas as localidades que controlava no nordeste da Nigéria.

Embora a ameaça do Boko Haram tenha diminuído, "não foi erradicada", afirma o general Patrick Brethous, comandante da operação militar francesa que luta contra os grupos jihadistas no Sahel.

O Boko Haram "não tem capacidade para atacar Yamena", a capital do Chade, "e não vai mais às grandes cidades", mas "segue presente no estado de Borno", no nordeste da Nigéria, especialmente na região do lago Chade, adverte o general.

Há operações em andamento - acrescenta - no estado de Borno e ao redor do lago Chade, e uma contraofensiva está sendo preparada.

"É preciso prosseguir com as operações de forma coordenada no seio da força multinacional mista e com o apoio de alguns países ocidentais como Estados Unidos, França e Reino Unido", concluiu o general.

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