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Atentado em Istambul deixou 41 mortos e 239 feridos

Um total de 130 feridos permanecem internados nos hospitais da cidade um dia depois do atentado, que aconteceu na terça-feira à noite

Atentado: o balanço anterior citava 36 mortos, 23 turcos e 13 estrangeiros (Osman Orsal / Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de junho de 2016 às 15h49.

Ao menos 41 pessoas, incluindo 13 estrangeiros, morreram e 239 ficaram feridas na terça-feira à noite em um atentado com três suicidas cometido no aeroporto internacional Ataturk, de Istambul, um ataque que parece levar a marca do grupo Estado Islâmico (EI).

Este foi o ataque mais violento na metrópole turca, que já havia sido atingida por outros três atentados este ano.

A Turquia decretou luto nacional nesta quarta-feira.

Dos 239 feridos, 130 permanecem internados nos hospitais da cidade, de acordo com o balanço atualizado divulgado pelo governo de Istambul.

Entre os 13 estrangeiros mortos estão cinco sauditas, dois iraquianos, um tunisiano, um uzbeque, um chinês, um iraniano, um ucraniano e um jordaniano, segundo uma fonte turca.

Durante a madrugada, no aeroporto, o primeiro-ministro turco, Bimali Yildirim, anunciou um balanço de 36 mortos e disse que "os indícios apontam para o Daesh" (acrônimo em árabe do Estado Islâmico).

Até o momento a nacionalidade dos criminosos não foi divulgada. "Três homens-bomba executaram o ataque", afirmou o governador de Istambul, Vasip Sahin.

Imagens e vídeos publicados nas redes sociais mostram uma grande bola de fogo na entrada do terminal e funcionários do serviço de segurança retirando os passageiros, que correm desesperados.

Um vídeo impactante mostra um dos homens-bomba no chão, depois de ter sido ferido por um policial, se esforçando para conseguir ativar o cinturão de explosivos.

De acordo com as autoridades, as explosões aconteceram na entrada do terminal de voos internacionais às 22H00 locais (16H00 de Brasília).

Três homens abriram fogo contra os passageiros e a polícia. Quando os agentes responderam, os criminosos detonaram as cargas explosivas.

Na capital Ancara, o presidente turco Recep Tayyip Erdogan fez um apelo à comunidade internacional por uma "luta conjunta".

"Esse ataque, cometido no mês do Ramadã, mostra que o terrorismo golpeia sem consideração de fé ou de valores", acrescentou Erdogan.

Um fotógrafo da AFP observou vários corpos cobertos com lençóis e ao lado de bagagens abandonadas. Centenas de bombeiros e policiais foram enviados ao local.

Rebeldes curdos ou extremistas

Oftah Mohamed Abdullha, uma somali, contou à AFP que viu um dos terroristas.

"Tinha um cachecol rosa e uma jaqueta curta, debaixo da qual escondia um fuzil. Ele sacou a arma e começou a atirar, enquanto caminhava como um profeta", disse.

Os canais de televisão exibiram cenas de pânico diante de um grande hospital nas imediações do aeroporto, no distrito de Bakirkoy, onde parentes procuravam notícias de desaparecidos.

Após a suspensão de todos os voos, o tráfego aéreo foi retomado a partir das 3H00 (21H00 de Brasília, terça-feira). A área destruída passou por reparos e o número de passageiros permaneceu quase inalterado.

O aeroporto Ataturk é o maior da Turquia e o 11º do mundo, com mais de 60 milhões de passageiros por ano.

O atentado recorda o modo de atuação dos ataques de Paris em novembro (130 mortos) e em Bruxelas (32 mortos no aeroporto e no metrô) em março.

Depois do ataque, Erdogan se reuniu com o primeiro-ministro e o comandante do exército.

"Pedimos ao mundo, em especial aos países ocidentais, que adotem uma posição firme contra o terrorismo", afirma Erdogan em um comunicado.

"Apesar de pagar um preço alto, a Turquia tem o poder, a determinação e a capacidade de lutar contra o terrorismo até o fim", completa.

O presidente francês, François Hollande, condenou "duramente" o que chamou de "ato abominável" e também fez um apelo por um reforço da cooperação internacional na luta contra os ataques.

O presidente Barack Obama ofereceu a ajuda dos Estados Unidos à Turquia. Ele ligou para o colega turco "para expressar a ele suas mais sentidas condolências em nome do povo americano", afirmou o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest.

"Na ligação, ofereceu todo o apoio que beneficie os turcos enquanto conduzem as investigações", acresentou.

Em nota, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, também "condenou o ataque terrorista" e expressou "sua profunda solidariedade e condolências" às famílias das vítimas e ao governo turco, ao mesmo tempo em que ressaltou a "necessidade de intensificar os esforços regionais e internacionais de combater o terrorismo e o extremismo violento".

Istambul e Ancara foram alvos de vários atentados desde o ano passado, que deixaram quase 200 mortos, centenas de feridos e um clima de insegurança permanente.

Os alvos dos atentados na Turquia são as forças de segurança e os locais turísticos, o que provocou uma queda imediata do turismo.

Os atentados são atribuídos ao EI - que geralmente não reivindica ataques na Turquia - ou aos rebeldes curdos, sobretudo ao grupo radical Falcões da Liberdade do Curdistão (TAK), ligado ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).

Notícia atualizada às 15h49

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Ao menos 41 pessoas, incluindo 13 estrangeiros, morreram e 239 ficaram feridas na terça-feira à noite em um atentado com três suicidas cometido no aeroporto internacional Ataturk, de Istambul, um ataque que parece levar a marca do grupo Estado Islâmico (EI).

Este foi o ataque mais violento na metrópole turca, que já havia sido atingida por outros três atentados este ano.

A Turquia decretou luto nacional nesta quarta-feira.

Dos 239 feridos, 130 permanecem internados nos hospitais da cidade, de acordo com o balanço atualizado divulgado pelo governo de Istambul.

Entre os 13 estrangeiros mortos estão cinco sauditas, dois iraquianos, um tunisiano, um uzbeque, um chinês, um iraniano, um ucraniano e um jordaniano, segundo uma fonte turca.

Durante a madrugada, no aeroporto, o primeiro-ministro turco, Bimali Yildirim, anunciou um balanço de 36 mortos e disse que "os indícios apontam para o Daesh" (acrônimo em árabe do Estado Islâmico).

Até o momento a nacionalidade dos criminosos não foi divulgada. "Três homens-bomba executaram o ataque", afirmou o governador de Istambul, Vasip Sahin.

Imagens e vídeos publicados nas redes sociais mostram uma grande bola de fogo na entrada do terminal e funcionários do serviço de segurança retirando os passageiros, que correm desesperados.

Um vídeo impactante mostra um dos homens-bomba no chão, depois de ter sido ferido por um policial, se esforçando para conseguir ativar o cinturão de explosivos.

De acordo com as autoridades, as explosões aconteceram na entrada do terminal de voos internacionais às 22H00 locais (16H00 de Brasília).

Três homens abriram fogo contra os passageiros e a polícia. Quando os agentes responderam, os criminosos detonaram as cargas explosivas.

Na capital Ancara, o presidente turco Recep Tayyip Erdogan fez um apelo à comunidade internacional por uma "luta conjunta".

"Esse ataque, cometido no mês do Ramadã, mostra que o terrorismo golpeia sem consideração de fé ou de valores", acrescentou Erdogan.

Um fotógrafo da AFP observou vários corpos cobertos com lençóis e ao lado de bagagens abandonadas. Centenas de bombeiros e policiais foram enviados ao local.

Rebeldes curdos ou extremistas

Oftah Mohamed Abdullha, uma somali, contou à AFP que viu um dos terroristas.

"Tinha um cachecol rosa e uma jaqueta curta, debaixo da qual escondia um fuzil. Ele sacou a arma e começou a atirar, enquanto caminhava como um profeta", disse.

Os canais de televisão exibiram cenas de pânico diante de um grande hospital nas imediações do aeroporto, no distrito de Bakirkoy, onde parentes procuravam notícias de desaparecidos.

Após a suspensão de todos os voos, o tráfego aéreo foi retomado a partir das 3H00 (21H00 de Brasília, terça-feira). A área destruída passou por reparos e o número de passageiros permaneceu quase inalterado.

O aeroporto Ataturk é o maior da Turquia e o 11º do mundo, com mais de 60 milhões de passageiros por ano.

O atentado recorda o modo de atuação dos ataques de Paris em novembro (130 mortos) e em Bruxelas (32 mortos no aeroporto e no metrô) em março.

Depois do ataque, Erdogan se reuniu com o primeiro-ministro e o comandante do exército.

"Pedimos ao mundo, em especial aos países ocidentais, que adotem uma posição firme contra o terrorismo", afirma Erdogan em um comunicado.

"Apesar de pagar um preço alto, a Turquia tem o poder, a determinação e a capacidade de lutar contra o terrorismo até o fim", completa.

O presidente francês, François Hollande, condenou "duramente" o que chamou de "ato abominável" e também fez um apelo por um reforço da cooperação internacional na luta contra os ataques.

O presidente Barack Obama ofereceu a ajuda dos Estados Unidos à Turquia. Ele ligou para o colega turco "para expressar a ele suas mais sentidas condolências em nome do povo americano", afirmou o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest.

"Na ligação, ofereceu todo o apoio que beneficie os turcos enquanto conduzem as investigações", acresentou.

Em nota, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, também "condenou o ataque terrorista" e expressou "sua profunda solidariedade e condolências" às famílias das vítimas e ao governo turco, ao mesmo tempo em que ressaltou a "necessidade de intensificar os esforços regionais e internacionais de combater o terrorismo e o extremismo violento".

Istambul e Ancara foram alvos de vários atentados desde o ano passado, que deixaram quase 200 mortos, centenas de feridos e um clima de insegurança permanente.

Os alvos dos atentados na Turquia são as forças de segurança e os locais turísticos, o que provocou uma queda imediata do turismo.

Os atentados são atribuídos ao EI - que geralmente não reivindica ataques na Turquia - ou aos rebeldes curdos, sobretudo ao grupo radical Falcões da Liberdade do Curdistão (TAK), ligado ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).

Notícia atualizada às 15h49

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