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Atentado em Damasco mata e causa destruição

Terrorista suicida explodiu carga que levava consigo e tinha como objetivo ônibus que transportava membros das forças de segurança sírias

A explosão causou também grandes danos materiais nos veículos e prédios próximos como uma delegacia (AFP)
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Da Redação

Publicado em 6 de janeiro de 2012 às 18h52.

Damasco - Uma forte explosão, atribuída pelas autoridades sírias a um terrorista suicida, causou nesta sexta-feira em Damasco a morte de mais de 20 pessoas, muitas das quais ficaram mutiladas, e ferimentos em 63.

Segundo explicou à Agência Efe o ministro do Interior, Mohammed Shaar, as autoridades confirmaram a morte de 11 pessoas, mas o grau de destruição foi tal que muitos corpos ficaram reduzidos em pedaços, por isso que se calcula que possa haver pelo menos 15 mortos mais.

O ministro acrescentou que o atentado, perpetrado por um terrorista suicida que explodiu uma carga explosiva que levava consigo, tinha como objetivo um ônibus que transportava membros das forças de segurança sírias.

Em comunicado, o Interior informa que às 10h55 (horário local, 6h55 de Brasília) um terrorista detonou os dez quilos de explosivo muito inflamável que levava na altura de um semáforo junto à escola de ensino primário Hassan al-Hakim, na bairro de Al Midan.

A explosão causou também grandes danos materiais nos veículos e prédios próximos como uma delegacia.

A Polícia científica recolheu os restos mortais e as provas na cena dos fatos para tentar identificar todas as vítimas, assim como o terrorista.

O governo sírio assegurou que 'baterá com mão de ferro em qualquer um que se atreva a atentar contra a segurança da pátria e do cidadão', e pediu aos cidadãos sírios que colaborem com as autoridades.

Segundo pôde constatar a Efe, o lugar do atentado estava coberto pouco depois da explosão por uma grande mancha de sangue que enchia a calçada e os veículos carbonizados.


A imagem dantesca se completava com a destruição dos prédios contíguos, entre eles a delegacia a apenas dez metros da explosão, a escola, locais comerciais ou uma mesquita, que apresentavam graves imperfeições.

Milhares de pessoas se reuniram pouco depois do atentado em uma grande manifestação de apoio ao presidente Bashar al Assad nos arredores do local, com bandeiras sírias, retratos do líder e cantando palavras em sua defesa.

No entanto, a oposição que reivindica a renúncia de Assad apressou-se a se desvincular do crime e a fazer responsável por este ataque o próprio regime.

O principal movimento opositor, o Conselho Nacional Sírio (CNS) assegurou em comunicado que o atentado 'leva claramente as marcas do regime'.

Esta coalizão assinalou também que já tinha advertido previamente que o regime planejava realizar ataques com bombas em diferentes partes da Síria.

Em declarações à Efe, o 'número dois' do Exército Livre Sírio (ELS), que reúne militares desertores, Malik Kurdi, negou categoricamente que seu grupo esteja por trás do atentado e acusou os serviços secretos sírios pelo crime, 'para falsificar a realidade da revolução e aterrorizar os manifestantes'.


Como indícios do envolvimento do regime, apontou que o crime aconteceu no bairro de Al Midan, uma das fortificações da oposição a Assad em Damasco, e destacou que aconteceu apenas dois dias antes que a missão de observadores da Liga Árabe tornem público seu primeiro relatório sobre a situação.

A mesma opinião foi expressada, em comunicado, pelos islamitas Irmãos Muçulmanos sírios, que apontaram que esta 'é uma explosão cuja data, lugar e resultados mostram claramente a identidade de seus autores'.

O atentado de hoje é o segundo destas características que acontece nas últimas duas semanas em Damasco, que tradicionalmente ficou à margem de grandes ataques terroristas.

No dia 23 de dezembro, duas fortes explosões quase simultâneas causaram 44 mortos no distrito de Kfar Souseh, perto de dois prédios dos corpos da Segurança e da Inteligência, que as autoridades atribuíram também à ação de terroristas suicidas.

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Damasco - Uma forte explosão, atribuída pelas autoridades sírias a um terrorista suicida, causou nesta sexta-feira em Damasco a morte de mais de 20 pessoas, muitas das quais ficaram mutiladas, e ferimentos em 63.

Segundo explicou à Agência Efe o ministro do Interior, Mohammed Shaar, as autoridades confirmaram a morte de 11 pessoas, mas o grau de destruição foi tal que muitos corpos ficaram reduzidos em pedaços, por isso que se calcula que possa haver pelo menos 15 mortos mais.

O ministro acrescentou que o atentado, perpetrado por um terrorista suicida que explodiu uma carga explosiva que levava consigo, tinha como objetivo um ônibus que transportava membros das forças de segurança sírias.

Em comunicado, o Interior informa que às 10h55 (horário local, 6h55 de Brasília) um terrorista detonou os dez quilos de explosivo muito inflamável que levava na altura de um semáforo junto à escola de ensino primário Hassan al-Hakim, na bairro de Al Midan.

A explosão causou também grandes danos materiais nos veículos e prédios próximos como uma delegacia.

A Polícia científica recolheu os restos mortais e as provas na cena dos fatos para tentar identificar todas as vítimas, assim como o terrorista.

O governo sírio assegurou que 'baterá com mão de ferro em qualquer um que se atreva a atentar contra a segurança da pátria e do cidadão', e pediu aos cidadãos sírios que colaborem com as autoridades.

Segundo pôde constatar a Efe, o lugar do atentado estava coberto pouco depois da explosão por uma grande mancha de sangue que enchia a calçada e os veículos carbonizados.


A imagem dantesca se completava com a destruição dos prédios contíguos, entre eles a delegacia a apenas dez metros da explosão, a escola, locais comerciais ou uma mesquita, que apresentavam graves imperfeições.

Milhares de pessoas se reuniram pouco depois do atentado em uma grande manifestação de apoio ao presidente Bashar al Assad nos arredores do local, com bandeiras sírias, retratos do líder e cantando palavras em sua defesa.

No entanto, a oposição que reivindica a renúncia de Assad apressou-se a se desvincular do crime e a fazer responsável por este ataque o próprio regime.

O principal movimento opositor, o Conselho Nacional Sírio (CNS) assegurou em comunicado que o atentado 'leva claramente as marcas do regime'.

Esta coalizão assinalou também que já tinha advertido previamente que o regime planejava realizar ataques com bombas em diferentes partes da Síria.

Em declarações à Efe, o 'número dois' do Exército Livre Sírio (ELS), que reúne militares desertores, Malik Kurdi, negou categoricamente que seu grupo esteja por trás do atentado e acusou os serviços secretos sírios pelo crime, 'para falsificar a realidade da revolução e aterrorizar os manifestantes'.


Como indícios do envolvimento do regime, apontou que o crime aconteceu no bairro de Al Midan, uma das fortificações da oposição a Assad em Damasco, e destacou que aconteceu apenas dois dias antes que a missão de observadores da Liga Árabe tornem público seu primeiro relatório sobre a situação.

A mesma opinião foi expressada, em comunicado, pelos islamitas Irmãos Muçulmanos sírios, que apontaram que esta 'é uma explosão cuja data, lugar e resultados mostram claramente a identidade de seus autores'.

O atentado de hoje é o segundo destas características que acontece nas últimas duas semanas em Damasco, que tradicionalmente ficou à margem de grandes ataques terroristas.

No dia 23 de dezembro, duas fortes explosões quase simultâneas causaram 44 mortos no distrito de Kfar Souseh, perto de dois prédios dos corpos da Segurança e da Inteligência, que as autoridades atribuíram também à ação de terroristas suicidas.

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