Atentado contra mesquita xiita deixa 29 mortos no Afeganistão
O porta-voz do governador da província da Herat indicou que todas as vítimas são civis
EFE
Publicado em 1 de agosto de 2017 às 15h58.
Última atualização em 1 de agosto de 2017 às 16h06.
Cabul - Um ataque suicida contra uma mesquita xiita na cidade de Herat, no oeste do Afeganistão , deixou pelo menos 29 mortos e 63 feridos nesta terça-feira, segundo informaram fontes oficiais.
O porta-voz da Direção de Saúde Pública da província da Herat, Rafiq Shirzai, disse à Agência Efe que até agora "29 corpos e 63 feridos" foram transferidos ao hospital, e acrescentou que pelo menos dez deles estão em "estado crítico".
Por sua parte, o porta-voz do governador da província da Herat, Jailani Farha, indicou que todas as vítimas são civis.
Segundo explicou, o ataque contra a mesquita aconteceu após a oração da tarde, quando um grande número de pessoas ainda estava no templo.
Farha detalhou que o agressor abriu fogo contra as pessoas que deixavam a mesquita para posteriormente entrar no templo, onde detonou os explosivos.
Além disso, o porta-voz declarou que desconhece se foi um ou vários os terroristas que efetuaram a ação.
A explosão ocorreu às 20h (horário local, 12h30 em Brasília) em uma mesquita pertencente à minoria xiita do país, quando dezenas de pessoas estavam rezando no local.
Os ataques contra esta minoria religiosa são comuns no país asiático. O último deles aconteceu em junho durante o mês sagrado do Ramadã, quando um atentado suicida reivindicado pelo grupo Estado Islâmico (EI) deixou seis mortos e oito feridos em uma mesquita xiita de Cabul.
O Afeganistão vive um recrudescimento da violência desde o final da missão militar da Otan em janeiro de 2015, o que fez o Executivo perder terreno perante os talibãs até controlar apenas 57% do país, segundo dados dos Estados Unidos.
A missão da ONU no Afeganistão anunciou em julho que o conflito registrou um novo recorde de mortes de civis, com 1.662 mortos nos primeiros seis meses do ano, 2% a mais que em 2016, incluindo o aumento de mortes de crianças e de mulheres em 9% e 23%, respectivamente.