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Até agora, 2013 é o sétimo ano mais quente já visto, diz ONU

Acúmulo de gases do efeito estufa resultantes da ação humana na atmosfera significa que um futuro mais quente é agora inevitável, disse secretário-geral da OMM

Aquecimento global: primeiros nove meses deste ano empataram com o mesmo período de 2003 como o sétimo mais quente (Getty Images)

Aquecimento global: primeiros nove meses deste ano empataram com o mesmo período de 2003 como o sétimo mais quente (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de novembro de 2013 às 08h10.

Varsóvia - O ano de 2013 é o sétimo mais quente desde o início dos registros em 1850, com um tendência para episódios climáticos extremos como o tufão Haiyan nas Filipinas agravados pelo aumento do nível do mar, disse a Organização Meteorológica Mundial (OMM) nesta quarta-feira.

Um acúmulo de gases do efeito estufa resultantes da ação humana na atmosfera significa que um futuro mais quente é agora inevitável, disse o secretário-geral da OMM em comunicado divulgado às margens de uma cúpula climática da Organização das Nações Unidas com a presença de mais de 200 países, em Varsóvia.

A OMM afirmou, em uma leitura provisória, que os primeiros nove meses deste ano empataram com o mesmo período de 2003 como o sétimo mais quente, com uma média de temperatura global na superfície da terra e do oceano 0,48ºC acima da média entre 1961 e 1990.

"Este ano, mais uma vez, dá continuidade à tendência de longo prazo" em direção a temperaturas mais altas causadas pelo aquecimento global, disse Jarraud. A OMM disse ser provável que 2013 termine entre os dez anos mais quentes em registro desde 1850.

Entre os episódios extremos deste ano estão o supertufão Haiyan que atingiu as Filipinas, ondas de calor recordes na Austrália e enchentes do Sudão à Europa, listou a OMM. No Japão registrou-se o verão mais quente da história.


Aparentemente na contra-mão da tendência de aquecimento, o gelo no mar ao redor da Antártida expandiu a um tamanho recorde. Mas a OMM disse: "Padrões de ventos e correntes oceânicas tendem a isolar a Antártida dos padrões de tempo globais, mantendo-a fria".

A OMM afirmou que ciclones tropicais como o Haiyan não poderiam ser diretamente atribuídos aos efeitos das mudanças climáticas. Mas "níveis do mar mais elevados já estão tornando populações costeiras mais vulneráveis a surtos de tempestades. Vimos isso com consequências trágicas nas Filipinas", disse Jarraud. Os mares subiram cerca de 20 centímetros nos século passado.

Até o início de novembro de 2013, foram registrados 86 ciclones tropicais, de tufões a furacões no Atlântico, número próximo da média entre 1981 e 2010 de 89 tempestades, informou a OMM.

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