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Ataques de 11/9 transformam turismo e crise amplia mudanças

Depois dos atentados, viajar tornou-se mais complicado e incômodo devido às rígidas medidas de segurança

Paisagem de Nova York sem as torres gêmeas (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de setembro de 2011 às 09h26.

Madri - O turismo experimentou enormes transformações na última década, mudanças essas que começaram com os trágicos atentados de 11 de setembro de 2001, fatos que neste domingo completam uma década, e continuaram com mais atentados terroristas, desastres naturais, pandemias e a pior crise econômica dos últimos 70 anos.

Não só o turismo sentiu as conseqüências dos ataques terroristas de 2001, a percepção estendeu-se para muitos outros aspectos da vida, desde a política até a forma como vemos "uns aos outros", afirma à Agência Efe o secretário-geral da Organização Mundial do Turismo (WTO, na sigla em inglês), Taleb Rifai.

Entre os dias 15 e 16 de setembro, Madri será a sede do Congresso sobre Ética e Turismo da WTO.

Depois do 11/9, viajar tornou-se mais complicado e incômodo devido às rígidas medidas de segurança, principalmente nos aeroportos, embora as restrições tenham sido estendidas a outros modais de transporte, lembra o analista.

Apesar de os controles mais restritos em algumas ocasiões gerarem filas e atrasos, as pessoas se adaptaram rapidamente e as viagens, inclusive, aumentaram nos últimos dez anos, passando de 680 milhões para 940 milhões de turistas internacionais em 2010.

De inconvenientes no princípio, as novas medidas de segurança se transformaram em parte da rotina dos usuários do serviço aéreo e os controles começaram aos poucos a serem simplificados.

Para Rifai, o importante é todos terem a percepção de que a segurança é algo que não pode ser encarado com superficialidade. Na opinião dele, é preciso buscar ainda mais equilíbrio para que os usuários se sintam seguros e ao mesmo tempo tenham uma experiência positiva e prazerosa da viagem.

Segundo o responsável da WTO, na última década houve crescimento nas viagens internacionais em todos os níveis, tanto nas de média distância, quanto nas de maiores percursos, o que significa que as companhias de baixo custo não tiveram impacto decisivo nesse aspecto.


Por outro lado, destaca que as viagens longas, que antes eram consideradas bastante difíceis, quase um desafio, já não são tanto e as distâncias começam a ser encaradas por outra perspectiva.

Atualmente, o viajante pode ir de férias para um destino a duas horas de avião ou para 12 horas e a decisão de mudar de um nível para outro não é tão complicada, pois o que se leva em conta não é a distância a percorrer, mas o que há no destino, como será a experiência.

Por isso, Rifai prevê que as viagens longas serão cada vez mais populares, embora reconheça que os atuais desafios ambientais podem representar algumas dificuldades para seu crescimento.

Muitos países começaram a aplicar taxas às viagens deste tipo e é o indicativo de uma tendência que ainda não é possível medir o impacto futuro.

Aos impostos soma-se a crise econômica, que levou muitos consumidores a optar por destinos mais próximos ao domicílio e distâncias mais curtas, embora Rifai confia em que esta tendência não tenha impacto no longo prazo, já que, na medida em que melhore a economia, as pessoas retomarão as viagens longas.

Outra consequência clara da crise é que o viajante é mais exigente com o que é oferecido pelo dinheiro que pago, transformação que começou pelo fator econômico, mas vai mais adiante.

"Uma vez que a cultura de viajar muda, já não se pode voltar atrás e é possível perceber os viajantes mais cultos e seletivos", refere.

A terceira consequência "muito importante" da crise, explica Rifai, é a introdução das novas tecnologias e a inovação no setor turístico que mudaram a forma de viajar.

Atualmente, uma de cada três viagens no mundo é administrada diretamente pelo cliente através da internet e é possível acessar a uma variedade de serviços mediante o celular, tais como a compra de ingressos, bilhetes e reservas de hotéis, e na volta das férias, compartilhar sua experiência com outros internautas.

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Madri - O turismo experimentou enormes transformações na última década, mudanças essas que começaram com os trágicos atentados de 11 de setembro de 2001, fatos que neste domingo completam uma década, e continuaram com mais atentados terroristas, desastres naturais, pandemias e a pior crise econômica dos últimos 70 anos.

Não só o turismo sentiu as conseqüências dos ataques terroristas de 2001, a percepção estendeu-se para muitos outros aspectos da vida, desde a política até a forma como vemos "uns aos outros", afirma à Agência Efe o secretário-geral da Organização Mundial do Turismo (WTO, na sigla em inglês), Taleb Rifai.

Entre os dias 15 e 16 de setembro, Madri será a sede do Congresso sobre Ética e Turismo da WTO.

Depois do 11/9, viajar tornou-se mais complicado e incômodo devido às rígidas medidas de segurança, principalmente nos aeroportos, embora as restrições tenham sido estendidas a outros modais de transporte, lembra o analista.

Apesar de os controles mais restritos em algumas ocasiões gerarem filas e atrasos, as pessoas se adaptaram rapidamente e as viagens, inclusive, aumentaram nos últimos dez anos, passando de 680 milhões para 940 milhões de turistas internacionais em 2010.

De inconvenientes no princípio, as novas medidas de segurança se transformaram em parte da rotina dos usuários do serviço aéreo e os controles começaram aos poucos a serem simplificados.

Para Rifai, o importante é todos terem a percepção de que a segurança é algo que não pode ser encarado com superficialidade. Na opinião dele, é preciso buscar ainda mais equilíbrio para que os usuários se sintam seguros e ao mesmo tempo tenham uma experiência positiva e prazerosa da viagem.

Segundo o responsável da WTO, na última década houve crescimento nas viagens internacionais em todos os níveis, tanto nas de média distância, quanto nas de maiores percursos, o que significa que as companhias de baixo custo não tiveram impacto decisivo nesse aspecto.


Por outro lado, destaca que as viagens longas, que antes eram consideradas bastante difíceis, quase um desafio, já não são tanto e as distâncias começam a ser encaradas por outra perspectiva.

Atualmente, o viajante pode ir de férias para um destino a duas horas de avião ou para 12 horas e a decisão de mudar de um nível para outro não é tão complicada, pois o que se leva em conta não é a distância a percorrer, mas o que há no destino, como será a experiência.

Por isso, Rifai prevê que as viagens longas serão cada vez mais populares, embora reconheça que os atuais desafios ambientais podem representar algumas dificuldades para seu crescimento.

Muitos países começaram a aplicar taxas às viagens deste tipo e é o indicativo de uma tendência que ainda não é possível medir o impacto futuro.

Aos impostos soma-se a crise econômica, que levou muitos consumidores a optar por destinos mais próximos ao domicílio e distâncias mais curtas, embora Rifai confia em que esta tendência não tenha impacto no longo prazo, já que, na medida em que melhore a economia, as pessoas retomarão as viagens longas.

Outra consequência clara da crise é que o viajante é mais exigente com o que é oferecido pelo dinheiro que pago, transformação que começou pelo fator econômico, mas vai mais adiante.

"Uma vez que a cultura de viajar muda, já não se pode voltar atrás e é possível perceber os viajantes mais cultos e seletivos", refere.

A terceira consequência "muito importante" da crise, explica Rifai, é a introdução das novas tecnologias e a inovação no setor turístico que mudaram a forma de viajar.

Atualmente, uma de cada três viagens no mundo é administrada diretamente pelo cliente através da internet e é possível acessar a uma variedade de serviços mediante o celular, tais como a compra de ingressos, bilhetes e reservas de hotéis, e na volta das férias, compartilhar sua experiência com outros internautas.

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