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Bombardeio da coalizão no Iêmen mata dezenas crianças em ônibus

A aliança apoiada pelo Ocidente, que combate o grupo houthi alinhado ao Irã no Iêmen, acusou os houthis de usarem crianças como escudos humanos

O número de crianças mortas durante o bombardeio ainda não foi divulgado (Naif Rahma/Reuters)
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Reuters

Publicado em 9 de agosto de 2018 às 10h23.

Última atualização em 9 de agosto de 2018 às 12h40.

Áden - Ataques aéreos da coalizão liderada pela Arábia Saudita realizados nesta quinta-feira mataram dezenas de pessoas, inclusive crianças que viajavam em um ônibus, na província iemenita de Saada, relataram fontes médicas do Iêmen e o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV).

A aliança apoiada pelo Ocidente, que combate o grupo houthi alinhado ao Irã no Iêmen, disse que os ataques aéreos visaram lançadores de mísseis usados para alvejar Jizan, cidade industrial do sul da Arábia Saudita, e mataram um civil iemenita nessa localidade, disse um comunicado publicado pela agência estatal de notícias SPA.

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O comunicado acusou os houthis de usarem crianças como escudos humanos.

"O ataque de hoje em Saada foi uma operação militar legítima... e foi realizado de acordo com a lei humanitária internacional", afirmou o texto em árabe.

O CICV disse que um ataque atingiu o ônibus que levava crianças a um mercado de Dahyan, no norte de Saada, acrescentando que hospitais locais receberam dezenas de mortos e feridos.

Não ficou claro quantas crianças morreram e quantos bombardeios foram realizados na área do norte do Iêmen próxima da fronteira com a Arábia Saudita.

Abdul-Ghani Nayeb, chefe do departamento de saúde de Saada, disse à Reuters que o saldo de mortes subiu para 43 e que há 61 feridos.

"Dezenas mortos, ainda mais feridos, a maioria de menos de 10 anos", disse Johannes Bruwer, chefe da delegação do CICV no Iêmen, em um tuíte.

Riad e aliados muçulmanos sunitas estão lutando há mais de três anos no Iêmen contra os houthis, que controlam grande parte do país, incluindo a capital Sanaa, e forçaram o governo a se exilar em 2014.

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