Ataque suicida em um mercado em Yola: este ataque também deixou 53 feridos, a maioria deles pôde deixar o hospital após o atendimento, acrescentou a fonte (Stringer/Reuters)
Da Redação
Publicado em 18 de novembro de 2015 às 16h28.
Duas jovens terroristas, uma delas com apenas 11 anos, mataram 15 pessoas em um atentado suicida em um mercado de telefonia móvel em Kano, a grande cidade do norte da Nigéria, informou na quarta-feira a polícia local. Mais de 50 pessoas ficaram feridas.
O porta-voz da polícia, Musa Magaji Majia, disse que as duas meninas se explodiram no interior e na entrada do Farm Centre market. "Quinze pessoas morreram, sem contar as duas terroristas suicidas", afirmou o porta-voz à AFP.
Segundo dois comerciantes do mercado, Nafiu Mohamed e Suleiman Haruna, a explosão ocorreu pouco após as 16H00 locais (13H00 de Brasília). Imediatamente foram para o local equipes de emergência.
"Um micro-ônibus transportando duas mulheres chegou ao Farm Center GSM market, duas jovens de 11 e 18 anos desceram no local, ambas cobertas com o hijab (véu islâmico que cobre a cabeça)", acrescentou à AFP Musa Magaji Majia.
"Uma delas se dirigiu ao interior do mercado e a outra ficou no exterior. Então, se fizeram explodir. As vítimas foram levadas ao hospital e pouco mais tarde tivemos a confirmação de um balanço de 15 mortos, sem contar com as suicidas", acrescentou.
Este ataque também deixou 53 feridos, a maioria deles pôde deixar o hospital após o atendimento, acrescentou a fonte.
A polícia bloqueou os acessos a Kano para tentar encontrar o micro-ônibus, acrescentou.
Nesta terça-feira, mais de 30 pessoas morreram e 80 ficaram feridas na explosão de uma bomba na cidade de Yola, nordeste da Nigéria.
A explosão ocorreu na área de Jambutu, na capital do estado de Adamawa, onde o grupo jihadista Boko Haram é muito ativo.
O presidente Muhamadu Buhari anunciou há alguns dias, em Yola, que o fim do Boko Haram está próximo.
O Boko Haram recorre com frequência a mulheres suicidas, chegando a mandar meninas para a morte, sendo que a mais jovem tinha apenas 7 anos.
Nestes casos, os chefes frequentemente têm o controle da explosão da carga que transportam, que ativam à distância usando telefones celulares.
"Os atentados suicidas são cotidianos" no norte e no nordeste da Nigéria (...) sobretudo são mulheres e meninas que vingam, assim, a morte de seus maridos ou pais, falecidos em confrontos com o exército nigeriano", explicou à AFP um especialista francês.