Ataque suicida contra reunião de clérigos deixa 8 mortos em Cabul
Segundo a polícia, o autor do atentado, seis civis e um policial morreram durante um atentado suicida próximo ao local onde ocorreu um encontro de clérigos
EFE
Publicado em 4 de junho de 2018 às 13h47.
Última atualização em 4 de junho de 2018 às 15h48.
Cabul - Subiu para oito o número de mortos e para nove o total de feridos em um atentado suicida realizado nesta segunda-feira perto do local onde acabava de acontecer um encontro de clérigos no qual participaram centenas de pessoas, informou a Polícia.
"Um suicida que estava a pé detonou os explosivos em uma estrada que leva à Loya Jirga, onde acontecia o encontro", disse à Agência Efe o porta-voz da Polícia de Cabul , Hashmat Stanekzai.
O atentado aconteceu por volta das 11h30 (horário local, 4h em Brasília), na zona oeste da capital afegã, perto da Loya Jirga, um espaço frequentemente utilizado pelo governo para realizar conferências e eventos.
De acordo com o policial, os mortos são o autor da ação, seis civis e um policial. Ele alertou que o número poderia aumentar nas próximas horas.
O chefe da Polícia da Capital, Dawood Amin, informou através do Whatsapp que o ataque aconteceu quando os participantes da reunião estavam saindo do espaço, que fica na Universidade Politécnica de Cabul.
Líderes religiosos e acadêmicos de todo o país estavam no local para debater o conflito afegão e convocar os talibãs para se juntarem ao processo de paz proposto pelo governo. Conforme relatórios preliminares, o suicida não conseguiu passar pelo controle de segurança e aguardou do lado de fora para detonar os explosivos.
O porta-voz dos talibãs Zabihullah Mujahid afirmou que a organização não tem vínculos com o ataque.
Cabul sofreu vários ataques suicidas este ano, sendo o mais grave registrado em janeiro, quando talibãs explodiram uma ambulância perto do antigo prédio Ministério do Interior, onde ainda operam alguns departamentos oficiais. Mais de 100 pessoas morreram.
O Afeganistão atravessa um dos seus períodos mais sangrentos desde o fim da missão de combate da OTAN, em janeiro de 2015.