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Ataque russo deixa dezenas de feridos na capital ucraniana

A Força Aérea Ucraniana afirmou que a Rússia iniciou o ataque "precisamente às 3h (22h de Brasília)

Ucrânia: O Ministério da Saúde informou que 53 pessoas ficaram feridas, incluindo duas crianças (AFP/AFP Photo)

Ucrânia: O Ministério da Saúde informou que 53 pessoas ficaram feridas, incluindo duas crianças (AFP/AFP Photo)

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Agência de notícias

Publicado em 13 de dezembro de 2023 às 11h36.

Um bombardeio com mísseis russos na madrugada desta quarta-feira, 13, deixou dezenas de feridos e provocou danos em um hospital infantil de Kiev, no ataque mais grave contra a capital da Ucrânia em vários meses.

A Força Aérea Ucraniana afirmou que a Rússia iniciou o ataque "precisamente às 3H00 (22H00 de Brasília, terça-feira)" com o lançamento de 10 mísseis contra Kiev que foram derrubados.

O Ministério da Saúde informou que 53 pessoas ficaram feridas, incluindo duas crianças. Os destroços dos mísseis caíram principalmente na zona leste da cidade.

O prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, informou que "um míssil caiu no perímetro de um hospital na capital" durante o ataque noturno.

Um jornalista da AFP ouviu várias explosões no centro de Kiev, seguidas logo depois pelo acionamento das sirenes de alerta.

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, elogiou o trabalho dos militares e se comprometeu a reforçar as defesas aéreas do país.

"A Rússia confirmou novamente o título de país vergonhoso que lança foguetes durante a noite, atacando áreas residenciais, jardins de infância e instalações de energia no inverno", afirmou nas redes sociais.

Reforçar apoios

Nesta quarta-feira, Zelensky desembarcou na Noruega para uma reunião com os governantes das cinco nações nórdicas, doadores cruciais da Ucrânia no conflito com a Rússia.

"Não se pode vencer sem ajuda", afirmou o presidente ucraniano à imprensa depois de um encontro com o primeiro-ministro norueguês, Jonas Gahr Støre.

"Porém, não podemos perder, porque só o que temos é nosso país", acrescentou.

Após o fracasso da contraofensiva iniciada pela Ucrânia em junho, Zelensky tenta reconstruir o apoio dos aliados ucranianos em um momento de aparente cansaço.

As forças russas, no entanto, iniciaram nos últimos dias uma ofensiva em vários pontos no leste e sul da Ucrânia.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se reuniu na terça-feira com o homólogo ucraniano na Casa Branca e reiterou que Washington prosseguirá fornecendo armas a Kiev. "Não vou abandonar a Ucrânia", disse.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, fez um apelo nesta quarta-feira aos 27 membros do bloco para que apoiem a ajuda econômica à Ucrânia e suas aspirações de aderir à União Europeia (UE).

Terror com mísseis

O ataque desta quarta-feira foi o segundo contra Kiev em uma semana e ocorreu após um longo período sem bombardeios.

Uma creche foi atingida e um prédio residencial que teve que ser esvaziado. O abastecimento de água de um dos bairros da cidade também foi afetado, segundo as autoridades.

A administração militar de Kiev informou que os destroços dos mísseis caíram em três distritos. "O inimigo está intensificando o terror com mísseis em Kiev", afirmou em uma nota.

No sul da Ucrânia, nove drones Shahed de fabricação iraniana foram derrubados perto de Odessa, segundo o Exército.

Dois funcionários de uma oficina mecânica ficaram feridos devido à queda de um dos dispositivos e "um edifício de infraestrutura portuária foi parcialmente destruído" por outro drone, afirmou Oleg Kiper, governador de Odessa.

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