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Ataque israelense expõe fraqueza de Assad, dizem rebeldes

Aviação israelense realizou uma série de ataques na cidade de Damasco e seus arredores

Fumaça sobe após explosões no vilarejo sírio de Al Rafeed, perto da linha de cessar fogo com Israel, nas Colinas de Golã (Baz Ratner/Reuters)

Fumaça sobe após explosões no vilarejo sírio de Al Rafeed, perto da linha de cessar fogo com Israel, nas Colinas de Golã (Baz Ratner/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 7 de maio de 2013 às 10h21.

Amã - Já era tarde demais quando as sirenes antiaéreas soaram em um dos mais fortificados quartéis da Síria. Os jatos israelenses já estavam bombardeando o complexo de Hameh, e os funcionários civis nos alojamentos dos arredores corriam para se proteger com suas famílias.

Nas primeiras horas de domingo, a aviação israelense realizou ataques nesse e em vários outros pontos de Damasco e arredores, incluindo contra as defesas antiaéreas do governo de Bashar al-Assad, segundo fontes rebeles e oposicionistas.

Mas nenhum deles teve resultados mais devastadores do que o ataque a Hameh, local vinculado ao programa sírio de armas químicas e biológicas.

"As famílias correram para os porões e permaneceram lá", disse uma testemunha do ataque em Hameh, que iluminou o céu noturno e fez o chão tremer num raio de vários quilômetros.

"Ouvimos ambulâncias. Havia pouquíssimos trabalhadores no complexo naquela hora, mas um ataque dessa escala deve ter matado muitos soltados das guardas e patrulhas." Os bombardeios geraram temores de que Israel possa entrar na guerra civil da Síria, que segundo a ONU já causou 70 mil mortes em dois anos. A Síria acusa Israel de ter na prática ajudado os rebeldes - que o governo de Assad diz serem terroristas islâmicos ligados à Al Qaeda.

Fontes ocidentais de inteligência dizem que os ataques serviram para impedir que a síria envie mísseis iranianos para o grupo xiita libanês Hezbollah, que poderia usar esse material contra Israel. A cúpula militar israelense negou a intenção de participar ativamente do conflito sírio.

Fontes da oposição disseram que os bombardeios israelenses também atingiram posições da Guarda Republicana - força de elite de Assad- no monte Qasioun e na bacia do rio Barada, duas áreas próximas à capital.

Um comandante rebelde disse que as forças de Assad vinham fortificando suas posições no monte Qasioun desde março de 2011, mas que isso não impediu que os israelenses bombardeassem seus arsenais. Segundo essa fonte, as defesas antiaéreas de Assad, já debilitadas por causa da guerra civil, "nada puderam fazer" contra o ataque.

Por causa de restrições do governo sírio ao trabalho da imprensa, não foi possível verificar os relatos de forma independente.

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