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Ataque a soldado no metrô de Paris é investigado como terrorismo

O soldado, que faz parte da chamada Operação Sentinela, uma força mobilizada na esteira dos ataques islâmicos fatais cometidos na França, escapou ileso

Paris: capitais europeias estão em alerta devido a uma onda de ataques de militantes islâmicos (Gonzalo Fuentes/Reuters)
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Reuters

Publicado em 15 de setembro de 2017 às 08h55.

Última atualização em 15 de setembro de 2017 às 09h21.

A França iniciou uma investigação de terrorismo depois que um homem munido de uma faca atacou um soldado em uma estação de metrô de Paris nesta sexta-feira, no incidente mais recente contra tropas que protegem o sistema de transportes e pontos turísticos da capital francesa.

Paris e outras capitais europeias estão em alerta devido a uma onda de ataques de militantes islâmicos nos últimos anos, muitos deles inspirados pelo Estado Islâmico.

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O incidente em Paris ocorreu horas antes de várias pessoas serem feridas em uma estação de metrô de Londres pela explosão de um artefato improvisado. A polícia está tratando como um incidente terrorista.

O agressor de Paris foi derrubado e preso. O soldado, que faz parte da chamada Operação Sentinela, uma força mobilizada na esteira dos ataques islâmicos fatais cometidos na França, escapou ileso.

A polícia disse que o ataque aconteceu pouco antes das 6h30 (horário local), horário de pico na estação de Châtelet, onde dezenas de milhares de usuários do transporte público convergem vindos dos subúrbios todos os dias.

O porta-voz do governo Christophe Castaner disse que o inquérito está sendo realizado por especialistas em contraterrorismo.

Uma fonte a par da investigação disse que o agressor é marroquino, tem cerca de 40 anos de idade e nenhum histórico criminal conhecido. A polícia está realizando buscas em um endereço ligado ao suspeito, acrescentou a fonte.

Tropas da Operação Sentinela já foram vítimas de mais de uma dúzia de ataques. No início de agosto, um homem lançou um carro sobre um grupo de soldados em patrulha no subúrbio parisiense abastado de Levallois-Perret.

Na quinta-feira a França anunciou que a força de 7 mil efetivos está sendo adaptada para se tornar mais móvel, e seus movimento menos previsíveis.

Dias antes o ministro do Interior, Gerard Collomb, disse que as agências de segurança impediram vários complôs maiores neste ano, inclusive um plano para atacar um clube noturno de Paris no final de agosto.

Militantes islâmicos mataram mais de 230 pessoas em uma onda de atentados em solo francês desde o começo de 2015, e dezenas mais morreram em ataques cometidos em Londres, Manchester e Bruxelas.

Aviões de guerra franceses realizaram bombardeios contra bastiões do Estado Islâmico na Síria e no Iraque, e o grupo militante incentivou seus seguidores a atacarem a França.

A mídia francesa disse que o agressor de Châtelet gritou referências ao Estado Islâmico ao atacar o soldado.

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