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Assessores de Trump o veem "como um menino", diz autor

Jornalista Michael Wolff começou a vender hoje seu polêmico livro sobre o presidente americano e fez comentários sobre o líder dos EUA

Donald Trump: jornalista agradeceu ironicamente o presidente por suas críticas ao seu livro (REUTERS/Carlos Barria/Reuters)
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EFE

Publicado em 5 de janeiro de 2018 às 14h16.

Washington - O autor do polêmico novo livro sobre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump , disse nesta sexta-feira que os assessores do líder lhe veem "como um menino" e lhe consideram "um idiota", e defendeu que tudo o que publicou se ajusta à realidade da Ala Oeste, apesar dos desmentidos da Casa Branca.

Em sua primeira entrevista desde que começou a controvérsia sobre seu livro, que começou a ser vendido hoje, o jornalista Michael Wolff agradeceu ironicamente a Trump por suas críticas ao texto e pela tentativa de seus advogados de impedir sua publicação.

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"Não só está me ajudando a vender livros, está demonstrando que a conclusão do livro é certa. É extraordinário que o presidente dos Estados Unidos tente impedir a publicação de um livro", afirmou Wolff à emissora de televisão "NBC News".

O escritor salientou que continua respaldando "absolutamente" todo o conteúdo do livro, apesar das afirmações da Casa Branca de que está cheio de "falsidades", e assegurou que "100%" dos assessores de Trump tem uma opinião negativa sobre ele, inclusive sua filha Ivanka e seu genro Jared Kushner.

"Todos dizem que é como um menino", comentou Wolff.

"Dizem que é um imbecil, um idiota. Há uma competição para chegar ao fundo de quem é este homem", acrescentou. "Este homem não lê, não escuta. É como um 'pinball', virando a todas partes".

Wolff também minimizou as críticas feitas contra ele por Trump: "Está questionando minha credibilidade um homem que neste momento tem menos credibilidade que talvez qualquer outro que tenha pisado a Terra".

O jornalista se declarou "confortável" com tudo o que incluiu no livro, chamado "Fire and Fury" ("Fúria e fogo"), cujo lançamento foi antecipado em quatro dias devido à enorme demanda gerada pelo enfrentamento público entre Trump e seu ex-assessor, Steve Bannon, por causa de algumas declarações deste último no texto.

No entanto, Wolff quis frisar que o livro "não é sobre Steve Bannon, senão sobre Donald Trump", embora esse ex-assessor seja o "exemplo mais claro" dos que pensaram que o magnata poderia ser um bom presidente e chegaram "à conclusão de que não pode fazer esse trabalho".

Em um tweet na última hora de quinta-feira, Trump assegurou que o livro está "cheio de mentiras, tergiversações e fontes que não existem", e que ele rejeitou "muitas vezes" os pedidos de entrevista de Wolff.

O jornalista disse hoje, no entanto, que falou com Trump para o seu livro, embora talvez o presidente "não tenha se dado conta de que era uma entrevista".

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