Assad reitera compromisso de destruir arsenal químico
Declarações foram dadas no momento em que especialistas da ONU se encontram na Síria para investigar 14 supostos casos de uso de armas químicas durante conflito
Da Redação
Publicado em 26 de setembro de 2013 às 20h32.
Caracas - O presidente da Síria , Bashar al-Assad, reiterou o compromisso de destruir o arsenal químico de seu país e de não obstruir o processo, em uma entrevista concedida ao canal venezuelano Telesur.
"A Síria se compromete geralmente em todas as convenções que assina. Enviamos nos últimos dias o inventário (do arsenal químico) à Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ) e, em breve, os especialistas visitarão a Síria para verificar o estado das armas", afirmou Assad na entrevista concedida em Damasco e divulgada na íntegra pela agência oficial Sana.
"No que diz respeito ao governo sírio, não existem realmente obstáculos", disse.
Essas declarações foram dadas num momento em que os especialistas da ONU se encontram na Síria para investigar 14 supostos casos de uso de armas químicas durante o conflito, depois de certificar, em uma missão anterior, o uso de gás sarin em um ataque perto de Damasco, em 21 de agosto.
Em relação à Organização para a Proibição de Armas Químicas OPAQ, Assad indicou que especialistas desta organização irão em breve ao seu país para comprovar o estado do arsenal químico.
"Mas existe sempre a possibilidade de que os terroristas (como chama as forças rebeldes) possam obstruir o trabalho dos especialistas, ao impedir o acesso a certos locais", afirmou Assad.
EUA e China de acordo sobre resolução para desarmamento
O secretário americano de Estado, John Kerry, e seu colega chinês, Wang Yi, anunciaram nesta quinta-feira estar de acordo sobre a necessidade de uma resolução vinculante do Conselho de Segurança da ONU para o desarmamento de armas químicas da Síria.
"Os dois ministros estão absolutamente de acordo quanto à necessidade de agir rapidamente em direção a uma resolução obrigatória e vinculante do Conselho de Segurança da ONU", afirmou um funcionário americano, após uma reunião entre Kerry e Wang Yi.
Segundo o chanceler francês, as discussões sobre a resolução da ONU para instrumentalizar o desarmamento químico sírio avançaram significativamente.
O ministro das Relações Exteriores francês, Laurent Fabius, declarou, no nentanto, que ainda restam questões a ser definidas.
As grandes potências reunidas em Nova York avançaram na quarta-feira para um acordo de resolução da ONU sobre o desarmamento químico sírio.
A Rússia se opõe a recorrer ao capítulo VII para aplicar o programa de eliminação de armas químicas anunciado em 14 de setembro em Genebra por Moscou e Washington.
O acordo afastou a ameaça de ações militares ocidentais contra o regime sírio, acusado por um ataque com armas químicas em 21 de agosto perto de Damasco.
Assad, no entanto, não descartou uma intervenção dos Estados Unidos contra seu país, apesar das negociações para que Damasco destrua seu arsenal de armas químicas.
"A possibilidade de um ataque dos Estados Unidos à Síria sempre estará presente. Em um momento sob o pretexto de armas químicas, em outros momentos por pretextos diferentes", disse Assad na entrevista ao canal Telesur.
"O importante é que há décadas os Estados Unidos estão transgredindo o Conselho de Segurança, violando a carta da ONU, a soberania das Nações, todos os valores humanos e morais".
"Se olharmos as guerras anteriores, as políticas dos Estados Unidos, ao menos a partir da primeira metade dos anos cinquenta, veremos que é uma política que vai de uma agressão a outra. Esta política não mudou e não vejo agora razão para que mude", disse Assad.
Caracas - O presidente da Síria , Bashar al-Assad, reiterou o compromisso de destruir o arsenal químico de seu país e de não obstruir o processo, em uma entrevista concedida ao canal venezuelano Telesur.
"A Síria se compromete geralmente em todas as convenções que assina. Enviamos nos últimos dias o inventário (do arsenal químico) à Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ) e, em breve, os especialistas visitarão a Síria para verificar o estado das armas", afirmou Assad na entrevista concedida em Damasco e divulgada na íntegra pela agência oficial Sana.
"No que diz respeito ao governo sírio, não existem realmente obstáculos", disse.
Essas declarações foram dadas num momento em que os especialistas da ONU se encontram na Síria para investigar 14 supostos casos de uso de armas químicas durante o conflito, depois de certificar, em uma missão anterior, o uso de gás sarin em um ataque perto de Damasco, em 21 de agosto.
Em relação à Organização para a Proibição de Armas Químicas OPAQ, Assad indicou que especialistas desta organização irão em breve ao seu país para comprovar o estado do arsenal químico.
"Mas existe sempre a possibilidade de que os terroristas (como chama as forças rebeldes) possam obstruir o trabalho dos especialistas, ao impedir o acesso a certos locais", afirmou Assad.
EUA e China de acordo sobre resolução para desarmamento
O secretário americano de Estado, John Kerry, e seu colega chinês, Wang Yi, anunciaram nesta quinta-feira estar de acordo sobre a necessidade de uma resolução vinculante do Conselho de Segurança da ONU para o desarmamento de armas químicas da Síria.
"Os dois ministros estão absolutamente de acordo quanto à necessidade de agir rapidamente em direção a uma resolução obrigatória e vinculante do Conselho de Segurança da ONU", afirmou um funcionário americano, após uma reunião entre Kerry e Wang Yi.
Segundo o chanceler francês, as discussões sobre a resolução da ONU para instrumentalizar o desarmamento químico sírio avançaram significativamente.
O ministro das Relações Exteriores francês, Laurent Fabius, declarou, no nentanto, que ainda restam questões a ser definidas.
As grandes potências reunidas em Nova York avançaram na quarta-feira para um acordo de resolução da ONU sobre o desarmamento químico sírio.
A Rússia se opõe a recorrer ao capítulo VII para aplicar o programa de eliminação de armas químicas anunciado em 14 de setembro em Genebra por Moscou e Washington.
O acordo afastou a ameaça de ações militares ocidentais contra o regime sírio, acusado por um ataque com armas químicas em 21 de agosto perto de Damasco.
Assad, no entanto, não descartou uma intervenção dos Estados Unidos contra seu país, apesar das negociações para que Damasco destrua seu arsenal de armas químicas.
"A possibilidade de um ataque dos Estados Unidos à Síria sempre estará presente. Em um momento sob o pretexto de armas químicas, em outros momentos por pretextos diferentes", disse Assad na entrevista ao canal Telesur.
"O importante é que há décadas os Estados Unidos estão transgredindo o Conselho de Segurança, violando a carta da ONU, a soberania das Nações, todos os valores humanos e morais".
"Se olharmos as guerras anteriores, as políticas dos Estados Unidos, ao menos a partir da primeira metade dos anos cinquenta, veremos que é uma política que vai de uma agressão a outra. Esta política não mudou e não vejo agora razão para que mude", disse Assad.