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Assad perdeu legitimidade para estar em governo, diz Kerry

Kerryse mostrou preocupado com a continuidade deste conflito, que começou em 2011, porque quanto mais durar, "maior o risco de haver divisões sectárias"


	John Kerry: "Sabemos que há gente que deseja que os americanos lutem no terreno, mas essa não é uma opção", ressaltou o secretário americano
 (Bloomberg)

John Kerry: "Sabemos que há gente que deseja que os americanos lutem no terreno, mas essa não é uma opção", ressaltou o secretário americano (Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 24 de janeiro de 2014 às 16h27.

Davos - O secretário de Estado americano, John Kerry, ressaltou nesta sexta-feira que o presidente sírio, Bashar al Assad, nunca terá legitimidade para reconstruir a Síria no governo de transição, e por isso deveria abandonar o poder.

"Nunca poderá ter ou ganhar a legitimidade de liderar seu povo. A oposição nunca deixará de lutar enquanto (Assad) estiver no poder. Não vai conseguir alcançar a estabilidade enquanto continuar", disse Kerry em discurso no Fórum Econômico Mundial, realizado na cidade suíça de Davos.

Kerry, que foi a Davos depois de ter participado esta semana em Montreux da abbertura da conferência de paz para a Síria, conhecida como Genebra 2, se mostrou preocupado com a continuidade deste conflito, que começou em 2011, porque quanto mais durar, "maior o risco de haver divisões sectárias".

"Sabemos que há gente que deseja que os americanos lutem no terreno, mas essa não é uma opção", ressaltou Kerry, que se mostrou confiante que é possível chegar a uma solução diplomática.

Os Estados Unidos continuarão trabalhando com seus parceiros "por uma nova Síria onde os sírios comprovem que são ouvidos", acrescentou, que aposta em um governo de transição "com total autoridade e consenso mútuo", mas sem a participação de Assad.

"Achamos que esta missão pode ser cumprida. Obviamente sabemos que não será fácil. Já é difícil, mas vimos o que a diplomacia pode conseguir: um homem que dizia que não tinha armas químicas está as eliminando", ressaltou Kerry em alusão à decisão do regime sírio de destruir seu arsenal químico após as pressões da comunidade internacional. 

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