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Assad diz que seu regime não cairá

''A solução só chegará com um diálogo interno'', destacou Assad

Bashar al-Assad, ditador da Síria: ''A mudança não pode ser realizada fazendo desaparecer as cabeças dos regimes ou com uma intervenção estrangeira'' (Sana/Divulgação/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 20 de setembro de 2012 às 18h41.

Cairo - O presidente sírio, Bashar al Assad , afirmou que seu regime ''não cairá'' diante da oposição armada, à qual acusou de ''praticar terrorismo contra todas as instituições do Estado''.

''A solução só chegará com um diálogo interno'', destacou Assad na antecipação de uma entrevista que será publicada amanhã na revista egípcia ''Ahram al Arabi'' e que foi divulgada hoje pela agência oficial de notícias ''Mena''.

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''A mudança não pode ser realizada fazendo desaparecer as cabeças dos regimes ou com uma intervenção estrangeira'', declarou o líder sírio, que se mostrou seguro que ''o modelo líbio não se repetirá na Síria''.

Assad reiterou que os opositores armados praticam terrorismo e insistiu em suas iniciativas de ''indultar os que deixarem as armas e encorajar o diálogo interno''.

Em suas declarações, também atacou Turquia, Catar e Arábia Saudita por supostamente fornecer armas e colaborar com os insurgentes.

Após criticar os turcos que - em sua opinião - passaram a defender os interesses do partido do governo, Assad considerou que ''o triângulo do equilíbrio estratégico do Oriente Médio sempre será o formado por Egito, Síria e Iraque''.

Além disso, reconheceu a existência de erros e corrupção, apesar de dizer que os está combatendo e que seu governo seguirá introduzindo reformas, inclusive a da Constituição.

O presidente sírio concedeu várias entrevistas desde o início da rebelião, nas quais sempre mostrou sua determinação de chegar até o final em sua luta contra os que classifica como ''terroristas''.

O conflito que vive a Síria desde março de 2011 já causou cerca de 25 mil mortes, deixou 2,5 milhões de pessoas necessitadas de ajuda humanitária e mais de 250 mil refugiados nos países vizinhos, segundo dados das Nações Unidas.

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