Mundo

Assad confirmou a Putin que colaborará com o cessar-fogo

Os dois presidentes "discutiram sobre diferentes aspectos da crise síria para a implementação do acordo entre Rússia e EUA"


	Bashar al-Assad: Assad "qualificou as propostas contidas no documento como um passo importante na direção uma regulação política"
 (Joseph Eid / AFP)

Bashar al-Assad: Assad "qualificou as propostas contidas no documento como um passo importante na direção uma regulação política" (Joseph Eid / AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de fevereiro de 2016 às 08h13.

Moscou/Damasco - O presidente sírio, Bashar al Assad, confirmou nesta quarta-feira a disposição de Damasco a participar do cessar-fogo estipulado pela Rússia e EUA, em uma conversa telefônica com o líder russo, Vladimir Putin.

"Assad confirmou a disposição do governo sírio em colaborar no estabelecimento do cessar-fogo" que deve começar no dia 27, afirmou o Kremlin em comunicado.

Os dois presidentes "discutiram sobre diferentes aspectos da crise síria para a implementação do acordo entre Rússia e EUA (como co-presidentes do Grupo internacional de apoio à Síria) para o cessar-fogo".

Assad "qualificou as propostas contidas no documento como um passo importante na direção uma regulação política", segundo a nota do Kremlin.

Ambos líderes "confirmaram, além disso, a importância de seguir combatendo sem descanso contra o Estado Islâmico, a Frente al Nusra e outros grupos terroristas incluídos como tais na lista do Conselho de Segurança da ONU".

Por sua vez, a presidência síria indicou desde Damasco, em comunicado, que Assad recebeu uma chamada de Putin na qual conversaram sobre "as perspectivas da crise síria à luz da aplicação do cessar-fogo".

Assad disse a Putin que seu governo está preparado para contribuir "à implementação da cessação das operações de combate" e ambos insistiram na importância de "continuar a luta contra o Estado Islâmico, a Frente al Nusra e outras organizações terroristas".

Pouco depois da conversa entre os dois líderes, o porta-voz de Putin, Dmitri Peskov, disse aos jornalistas que "Moscou e Damasco têm bastantes pontos de vista similares sobre o desenvolvimento e as perspectivas de conseguir uma regulação política, mas esses pontos de vista não são totalmente idênticos".

Peskov acrescentou que a interação entre Moscou e Washington em torno da crise síria elevou, sem dúvida, o nível de confiança entre ambas potências.

Putin e o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, chegaram na segunda-feira a um acordo para uma cessação de hostilidades na Síria em uma conversa telefônica.

A trégua estipulada pela Rússia e EUA entre o regime de Damasco e a oposição exclui aos grupos jihadistas como o Estado Islâmico e Frente al Nusra, aos quais seguirá combatendo.

A Rússia anunciou ontem que entregou aos Estados Unidos os dados de contato para estabelecer uma linha direta de comunicações para o cessar-fogo, um dos pontos previstos no acordo.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaBashar al-AssadEstados Unidos (EUA)EuropaPaíses ricosPolíticosRússiaSíria

Mais de Mundo

Putin sanciona lei que anula dívidas de quem assinar contrato com o Exército

Eleições no Uruguai: Mujica vira 'principal estrategista' da campanha da esquerda

Israel deixa 19 mortos em novo bombardeio no centro de Beirute

Chefe da Otan se reuniu com Donald Trump nos EUA