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Ásia lembra tsunami de 2004 com lágrimas e orações

Sobreviventes do tsunami de 2004 na Ásia e familiares dos 226 mil mortos na tragédia choraram e rezaram nas regiões litorâneas do Oceano Índico nesta sexta

Mulheres choram ao lembrar vítimas de tsunami: terremoto de magnitude 9,15 abriu uma fissura no fundo do oceano em 26 de dezembro há uma década (Beawiharta/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de dezembro de 2014 às 08h23.

Banda Aceh - Sobreviventes do tsunami de 2004 na Ásia e familiares dos 226 mil mortos na tragédia choraram e rezaram nas regiões litorâneas do Oceano Índico nesta sexta-feira, em cerimônias que lembraram o décimo aniversário do desastre, cuja marca na região ainda é visível.

Quando o terremoto de magnitude 9,15 abriu uma fissura no fundo do oceano em 26 de dezembro há uma década, provocou uma onda de até 17,4 metros de altura que atingiu a costa de mais de uma dezena de países, varrendo algumas comunidades do mapa em segundos.

Centenas de pessoas se reuniram na província de Aceh, na Indonésia, e muitos choraram, enquanto poemas e músicas podiam ser ouvidos, e uma montagem era projetada com imagens da devastação, que, só em Aceh, matou 126.741 pessoas.

“Parece que não houve lição maior do que essa para Aceh. É como se as almas dos mortos ainda estivessem conosco”, afirmou o governador da província, Zaini Abdullah, figura antes proeminente no longo conflito separatista que o tsunami ajudou a terminar.

O vice-presidente Jusuf Kalla declarou que a homenagem o levou às lágrimas, mas que o seu consolo é o acordo de paz que provou que a adversidade pode unir as pessoas e trazer a reconciliação.

Na quinta-feira, houve uma oração coletiva na Grande Mesquita de Banda Aceh, uma das poucas construções que sobreviveu à onda gigante.

“Alá manteve a sua casa preservada”, disse o imã Azman Ismail.

Parentes das vítimas também oraram na sepulturas em Hambantota, no Sri Lanka, onde foram colocadas 677 famílias muçulmanas depois que o tsunami destruiu a vila delas. Cerca de 40 mil morreram no Sri Lanka, mas a chuva forte em Hambantota obrigou que as cerimônias para lembrar as vítimas fossem canceladas nesta sexta.

O pescador Tuan Ilyas Idrees, que perdeu dez parentes, rezava. Ele encontrou a mãe morta junto a um coqueiro, perto de uma mesquita. Idrees afirmou que a sua vila inteira foi destruída.

“Eu corri para a minha casa para salvar a minha mãe e os outros, mas em cinco minutos não havia mais casa”, disse. "Enterramos centenas de corpos aqui.” As pessoas também se reuniram no parque memorial de Ban Nam Khem, uma vila de pescadores no sul da Tailândia devastada pela onda.

No país, 5.395 pessoas morreram, entre elas 2.000 turistas, Ainda há 3.000 que continuam desaparecidas.

Na Tailândia, 80 por cento das vítimas foram mortas na província de Phang Nga, onde especialistas de 39 países se juntaram para identificar corpos, no que foi a maior investigação internacional desse tipo.

Na Índia, cerca de 700 pessoas com flores e cartazes caminharam da praia em Tamil Nadu atingida pela onda até um memorial de granito.

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Banda Aceh - Sobreviventes do tsunami de 2004 na Ásia e familiares dos 226 mil mortos na tragédia choraram e rezaram nas regiões litorâneas do Oceano Índico nesta sexta-feira, em cerimônias que lembraram o décimo aniversário do desastre, cuja marca na região ainda é visível.

Quando o terremoto de magnitude 9,15 abriu uma fissura no fundo do oceano em 26 de dezembro há uma década, provocou uma onda de até 17,4 metros de altura que atingiu a costa de mais de uma dezena de países, varrendo algumas comunidades do mapa em segundos.

Centenas de pessoas se reuniram na província de Aceh, na Indonésia, e muitos choraram, enquanto poemas e músicas podiam ser ouvidos, e uma montagem era projetada com imagens da devastação, que, só em Aceh, matou 126.741 pessoas.

“Parece que não houve lição maior do que essa para Aceh. É como se as almas dos mortos ainda estivessem conosco”, afirmou o governador da província, Zaini Abdullah, figura antes proeminente no longo conflito separatista que o tsunami ajudou a terminar.

O vice-presidente Jusuf Kalla declarou que a homenagem o levou às lágrimas, mas que o seu consolo é o acordo de paz que provou que a adversidade pode unir as pessoas e trazer a reconciliação.

Na quinta-feira, houve uma oração coletiva na Grande Mesquita de Banda Aceh, uma das poucas construções que sobreviveu à onda gigante.

“Alá manteve a sua casa preservada”, disse o imã Azman Ismail.

Parentes das vítimas também oraram na sepulturas em Hambantota, no Sri Lanka, onde foram colocadas 677 famílias muçulmanas depois que o tsunami destruiu a vila delas. Cerca de 40 mil morreram no Sri Lanka, mas a chuva forte em Hambantota obrigou que as cerimônias para lembrar as vítimas fossem canceladas nesta sexta.

O pescador Tuan Ilyas Idrees, que perdeu dez parentes, rezava. Ele encontrou a mãe morta junto a um coqueiro, perto de uma mesquita. Idrees afirmou que a sua vila inteira foi destruída.

“Eu corri para a minha casa para salvar a minha mãe e os outros, mas em cinco minutos não havia mais casa”, disse. "Enterramos centenas de corpos aqui.” As pessoas também se reuniram no parque memorial de Ban Nam Khem, uma vila de pescadores no sul da Tailândia devastada pela onda.

No país, 5.395 pessoas morreram, entre elas 2.000 turistas, Ainda há 3.000 que continuam desaparecidas.

Na Tailândia, 80 por cento das vítimas foram mortas na província de Phang Nga, onde especialistas de 39 países se juntaram para identificar corpos, no que foi a maior investigação internacional desse tipo.

Na Índia, cerca de 700 pessoas com flores e cartazes caminharam da praia em Tamil Nadu atingida pela onda até um memorial de granito.

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