Exame Logo

Ashton chega à Tunísia em meio à crise de êxodo para Itália

Chefe da diplomacia europeia vai tentar conversar com o governo, que já afirmou rejeitar "qualquer ingerência estrangeira"

Ashton, chefe da diplomacia da UE: cerca de 5 mil tunisianos chegaram à Itália ilegalmente (Peter Macdiarmid/GETTY IMAGES)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de fevereiro de 2011 às 08h04.

Túnis - A chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Catherine Ashton, chegou nesta segunda-feira à Tunísia em meio à crise provocada pela chegada em massa de emigrantes ilegais tunisianos à Itália e após a renúncia do chefe da diplomacia do país, Ahmed Unayes, informaram à Agência Efe fontes diplomáticas.

A alta representante para a Política Externa e de Segurança europeia se reunirá com o primeiro-ministro tunisiano, Mohamed Ghannouchi, e outros representantes do Governo de transição, entre eles líderes dos antigos partidos de oposição.

Veja também

Ashton se reunirá com alguns representantes das organizações da sociedade civil e de movimentos opositores, indicaram as fontes.

Trata-se da primeira visita da chefe da diplomacia europeia à Tunísia desde a fuga do país do ex-presidente, Zine el Abidine Ben Ali, e coincide com a renúncia no domingo do titular de Assuntos Exteriores tunisiano após quase duas semanas no cargo.

Tunísia afirmou nesta segunda que rejeita "qualquer ingerência estrangeira" com relação ao êxodo de emigrantes ilegais tunisianos em direção à Itália, embora tenha demonstrado "disposição em cooperar" com os países europeus para frear a saída de seus habitantes.

Em declarações à agência oficial tunisiana "TAP", um responsável do Ministério de Assuntos Exteriores mostrou "assombro" pelas declarações do ministro de Interior italiano, Roberto Maroni, que na véspera disse que pediria autorização para colocar policiais italianos na Tunísia.

Segundo o mesmo responsável, as autoridades do Governo de transição tunisiano estão "dispostas a colaborar" com os demais países sobre esta questão.

"Tunísia reitera sua disposição de cooperar com os países irmãos para identificar soluções ao fenômeno da emigração clandestina", afirmou.

Cerca de 5 mil emigrantes ilegais, na maioria da Tunísia, chegaram à ilha italiana de Lampedusa nos últimos dias.

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaDiplomaciaEuropaUnião Europeia

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame