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Armas químicas foram usadas na Síria, denuncia organização

Especialistas em armas químicas determinaram que gás mostarda foi usado durante os combates na Síria em agosto, de acordo com relatório de organização


	Conflitos na Síria: o produto químico provoca graves queimaduras nos olhos, pele e pulmões e está proibido sob a lei internacional
 (Zein al-Rifai/AFP)

Conflitos na Síria: o produto químico provoca graves queimaduras nos olhos, pele e pulmões e está proibido sob a lei internacional (Zein al-Rifai/AFP)

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Da Redação

Publicado em 5 de novembro de 2015 às 17h24.

Haia - Especialistas em armas químicas determinaram que gás mostarda foi usado durante os combates na Síria em agosto, de acordo com um relatório elaborado por uma organização internacional obtido pela Reuters.

O produto químico, que provoca graves queimaduras nos olhos, pele e pulmões e está proibido sob a lei internacional, foi utilizado durante uma batalha entre insurgentes do Estado Islâmico e outro grupo rebelde, disseram fontes diplomáticas.

O relatório confidencial de 29 de outubro da Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq), a cujo resumo a Reuters teve acesso, concluiu que "com a máxima confiança que pelo menos duas pessoas foram expostas a mostarda de enxofre" na cidade de Marea, ao norte de Aleppo, em 21 de agosto.

"É muito provável que os efeitos da mostarda de enxofre resultaram na morte de um bebê", afirmou.

O relatório fornece a primeira confirmação oficial da utilização de mostarda de enxofre, vulgarmente conhecida como gás mostarda, na Síria desde que o governo concordou em destruir seu arsenal de armas químicas, que incluía a mostarda de enxofre.

A situação representa um dilema para o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), porque a Síria supostamente deveria ter entregue completamente seus produtos químicos tóxicos há 18 meses. O seu uso viola resoluções do Conselho e da Convenção sobre Armas Químicas de 1997.

Também "levanta a importante questão de onde a mostarda de enxofre veio", disse uma fonte. "Ou eles (Estado Islâmico) ganharam a habilidade de produzi-la por conta própria, ou pode ter vindo de um arsenal não declarado tomado pelo Estado Islâmico. Ambos são opções a se preocupar."

Texto atualizado às 18h24

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