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Argentina usa papel ou urna eletrônica na eleição? Entenda como funciona o processo de votação

Segundo dados do Ministério do Interior do país, a Argentina tem 35 milhões de pessoas aptas a votar

Argentina: sistema de votação é diferente do Brasil (Luciano Padua/ Exame/Site Exame)
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 19 de novembro de 2023 às 16h14.

Última atualização em 19 de novembro de 2023 às 21h48.

A Argentina vai conhecer neste domingo, 19, o seu novo presidente pelos próximos quatro anos. A disputa no segundo turno é entre o ultraliberal Javier Milei e o atual ministro da economia Sergio Massa. Diferente do Brasil, a votação na Argentina acontece com um sistema de papeletas.

No segundo turno, o eleitor escolhe entre a cédula de Massa ou Milei, coloca dentro de um envelope e deposita na urna. Caso queira votar em branco, ele coloca um envelope vazio na urna, e no caso do voto nulo, o eleitor pode colocar qualquer coisa no envelope que não seja a cédula de um dos candidatos.

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Cada partido é responsável por imprimir e disponibilizar as cédulas de seu candidato, custeado por fundos públicos. A campanha de Milei entregou às autoridades eleitorais do país um número menor das cédulas exigidas, argumentando que temiam que elas não fossem distribuídas conforme planejado, e garantiu que seus representantes em cada seção eleitoral, os chamados fiscais, teriam cédulas extras para que nenhum eleitor ficasse sem a sua.

A Argentina tem 35 milhões de pessoas aptas a votar, segundo dados do Ministério do Interior. Destes, 13 milhões (37% do total) estão na província de Buenos Aires, que circunda a capital. A votação termina às 18h -- o horário em Buenos Aires é o mesmo de Brasília --, horário que começa a contagem dos votos. Segundo as autoridades eleitorais argentinas, aqueles que estiverem dentro dos locais antes do horário de encerramento poderão permanecer por mais alguns minutos até chegar a sua vez de votar. É esperado que o resultado seja divulgadoentre 21 horas e 22 horas.

Questionamento de Milei sobre cédulas

Durante os primeiros horários deste domingo, a campanha de Milei denunciou supostas irregularidades em alguns locais de votação, principalmente, o roubo de cédulas de seu candidato. A juíza federal María Servini, encarregada de monitorar o processo eleitoral, confirmou a detenção de um jovem, que não foi identificado, acusados de roubar cédulas de Milei.

O partido Liberdade Avança insiste, sem apresentar provas, que houve outros casos, sobretudo na província de Buenos Aires, onde vive um terço do eleitorado argentino. AJunta Eleitoral da região informou que criou um protocolo para as autoridades das seções eleitorais e para os eleitores, em um possível cenário de falta de cédulas durante a votação do segundo turno.

Se um eleitor denunciar falta de cédulas ao sair da cabine de votação com um envelope vazio, o mesário deve devolver o documento de identidade, solicitar o envelope e pedir que o eleitor aguarde até que o problema seja resolvido, segundo o jornal Ámbito Financeiro.

Tem pesquisa boca de urna na eleição da Argentina?

Não, a Justiça eleitoral do país proíbe a divulgação de qualquer tipo de pesquisa antes e durante a votação.Segundo a legislação do país, o prazo final para a divulgação de pesquisas oficiais foi na sexta-feira, 10. Assim, não serão divulgados novos estudos sobre a preferência do eleitorado na reta final da campanha.Internamente, as campanhas e institutos seguem fazendo pesquisas reservadas. EXAME apurou que os resultados encontrados estão em linha com os divulgados até o dia 10.

Apuração das eleições na Argentina 2023

A votação no país vizinho termina às 18h -- o horário em Buenos Aires é o mesmo de Brasília. É esperado que o resultado seja divulgadoentre 21 horas e 22 horas.

Quem vai ganhar a eleição na Argentina?

A última pesquisa divulgada foi da AtlasIntel, na sexta-feira, 10. No levantamento da empresa, que acertou o primeiro turno, Milei liderava com 52,1% das intenções nos votos válidos, contra 47,9% de Sergio Massa .Na pesquisa, 6,7% do total responderam não saber em qual candidato escolheriam ou que votariam branco ou nulo. Em entrevista à EXAME, o CEO da AtlasIntel, Andrei Roman, avaliou que o candidato ultraliberal deve levar 80% dos votos de Bullrich e teve poucos danos por ir mal em debate. No primeiro turno, Massa teve 37% dos votos, seguido de Milei, com 30%.

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