Protestos na Argentina: manifestações acontecem por mais renda e ajuda contra a inflação (Anita Pouchard Serra/Bloomberg via Getty Images/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 11 de agosto de 2022 às 06h46.
Às vésperas da divulgação da inflação de julho da Argentina, que promete ser a maior taxa mensal em 20 anos, trabalhadores precários e desempregados pertencentes a organizações sociais combativas se manifestaram nesta quarta-feira, 10, em Buenos Aires exigindo melhores rendas e ajuda do Estado.
Milhares de manifestantes se reuniram em diferentes avenidas da cidade para se dirigir à Praça de Maio, onde fica a Casa do Governo, com o objetivo de se reunir com o ministro da Economia, Sergio Massa. Como Massa não os recebeu, as organizações sociais começaram um acampamento em frente à sede do governo ao anoitecer, inicialmente até a manhã de quinta-feira.
Consultores econômicos concordam que a inflação em julho - que o governo anunciará na quinta-feira - ficaria em torno de 7% em relação ao mês anterior.
De acordo com os últimos dados oficiais de junho, a alta dos preços foi de 5,3% enquanto a taxa homóloga subiu para 64%, o que coloca a Argentina como um dos países com a inflação mais alta do mundo.
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Os membros da Unidade Piquetera, que integram as diferentes organizações sociais, exigem uma resposta rápida do Ministro da Economia para a perda de poder de compra dos trabalhadores, tanto no setor informal como na economia formal.
Logo pela manhã os manifestantes, muitos deles acompanhados de crianças pequenas, marcharam em fila e com faixas do Polo Obrero e do Movimento Operário Socialista, entre outros grupos.
(Estadão Conteúdo)
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