Mundo

Argentina não pagará FMI enquanto durar recessão, diz Cristina Kirchner

Argentina precisa reestruturar 100 bilhões de dólares em dívida soberana com credores

Cristina Kirchner: declarações foram feitas em lançamento de seu livro "Sinceramente", em Havana (Stringer/Reuters)

Cristina Kirchner: declarações foram feitas em lançamento de seu livro "Sinceramente", em Havana (Stringer/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 9 de fevereiro de 2020 às 16h48.

Havana - A vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, disse no sábado que o governo do país não pagará "sequer meio centavo" de sua dívida com o Fundo Monetário Internacional (FMI) enquanto o país não sair da recessão.

"A primeira coisa que temos que fazer para poder pagar é sair da recessão", disse Cristina em uma apresentação de seu livro "Sinceramente" na feira internacional do livro em Havana.

"Se houver uma recessão, ninguém vai pagar sequer meio centavo e a forma de sair da recessão é por meio de muito investimento estatal."

A Argentina precisa reestruturar 100 bilhões de dólares em dívida soberana com credores, incluindo parte de um crédito de 57 bilhões de dólares que o FMI deu ao país em 2018.

As tratativas com o FMI são cruciais para as esperanças argentinas de evitar um calote em meio a uma crise cambial, alta inflação e economia em contração. Uma missão técnica do FMI deve chegar a Buenos Aires na semana que vem para discutir as obrigações da Argentina com o Fundo.

Cristina disse que a Argentina deve ter um "corte substancial" da dívida com o FMI.

Acompanhe tudo sobre:ArgentinaCristina KirchnerFMI

Mais de Mundo

Violência após eleição presidencial deixa mais de 20 mortos em Moçambique

38 pessoas morreram em queda de avião no Azerbaijão, diz autoridade do Cazaquistão

Desi Bouterse, ex-ditador do Suriname e foragido da justiça, morre aos 79 anos

Petro anuncia aumento de 9,54% no salário mínimo na Colômbia