Mundo

Argentina inaugura política externa de Dilma

A visita da presidenta da República à Argentina nesta segunda-feira (31) inaugura a agenda da política externa brasileira de Dilma Rousseff

Visita à Argentina inaugura agenda de política externa da Dilma (Fabio Rodrigues Pozzebom/AGÊNCIA BRASIL)

Visita à Argentina inaugura agenda de política externa da Dilma (Fabio Rodrigues Pozzebom/AGÊNCIA BRASIL)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de janeiro de 2011 às 11h05.

Buenos Aires – A visita da presidenta da República à Argentina amanhã (31) inaugura a agenda da política externa brasileira de Dilma Rousseff. Na última sexta-feira (28), em entrevista a jornalistas em Porto Alegre, a presidenta deu mostras de que a escolha da Argentina para inaugurar sua agenda de viagens internacionais indica que a América do Sul e o país vizinho terão prioridade na política externa.

Na ocasião, Dilma afirmou que no passado o Brasil olhava apenas para a Europa e os Estados Unidos e que é preciso perceber que o desenvolvimento do Brasil passa por fortalecer o desenvolvimento da região.

A relação entre o Brasil e a Argentina terá atores diferentes daqueles dos últimos oito anos. Saem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, e entram Dilma Rousseff e Antônio Patriota.

A mudança, no entanto, não deve alterar as diretrizes que pautaram a relação entre os dois países nos últimos anos, na avaliação do professor de História das Américas da Universidade de Brasília, Carlos Eduardo Vidigal. “As relações entre Brasil e Argentina sob o governo Dilma continuarão a se pautar pelos mesmos interesses que sustentaram as relações bilaterais no governo Lula: o aumento do comércio e dos investimentos, a coordenação na área de segurança e defesa, via Unasul [União de Nações Sul-Americanas] e o aprofundamento do Mercosul”.

O professor Vidigal, no entanto, avalia que o perfil da presidenta Dilma poderá fazer com que o governo brasileiro adote posições mais firmes na relação com o país vizinho em setores que representem perdas para o Brasil. “Poderá mudar é uma maior firmeza do Brasil frente às perdas verificadas em alguns setores, como, por exemplo, a diminuição da presença da Petrobras no mercado argentino”.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaArgentinaDilma RousseffGoverno DilmaPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Mundo

Israel reconhece que matou líder do Hamas em julho, no Irã

ONU denuncia roubo de 23 caminhões com ajuda humanitária em Gaza após bombardeio de Israel

Governo de Biden abre investigação sobre estratégia da China para dominar indústria de chips

Biden muda sentenças de 37 condenados à morte para penas de prisão perpétua