Mundo

Argentina rebate acusação britânica de 'colonialismo'

Cameron havia acusado a Argentina de 'colonialismo' pela história reivindicação de Buenos Aires sobre a soberania das Malvinas

A Argentina sustenta que o conflito deve ser solucionado por meios pacíficos, ressaltou Timerman (Wikimedia Commons)

A Argentina sustenta que o conflito deve ser solucionado por meios pacíficos, ressaltou Timerman (Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de janeiro de 2012 às 19h43.

San Salvador - O ministro das Relações Exteriores da Argentina, Héctor Timerman, contestou nesta quarta-feira o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, que acusou Buenos Aires de 'colonialismo' por reivindicar a soberania das ilhas Malvinas.

'Qualquer país, qualquer povo, que conheça um pouco de colonialismo sabe que a Argentina não é um país colonialista', destacou Timerman em entrevista coletiva em El Salvador.

Na sessão semanal de perguntas na Câmara dos Comuns (câmara baixa do Parlamento britânico) nesta quarta-feira, Cameron havia acusado a Argentina de 'colonialismo' pela história reivindicação de Buenos Aires sobre a soberania das Malvinas, dominadas pelo Reino Unido.

O ministro do Interior argentino, Florencio Randazzo, expressou também nesta quarta-feira à imprensa em Buenos Aires que as declarações de Cameron 'são absolutamente ofensivas'.

A Argentina sustenta que o conflito deve ser solucionado por meios pacíficos, ressaltou Timerman, que completou nesta quarta-feira uma visita a El Salvador como parte de uma viagem pela América Central que já incluiu Panamá e Honduras e continuará nesta quinta na Costa Rica.

'A Argentina defendeu por décadas que a única maneira de resolver a questão das Malvinas e a questão que reivindicamos desde 1833, quando houve a invasão inglesa, é através do diálogo e da negociação pacífica', manifestou o chanceler argentino.

Ele lembrou que é assim que indicam '11 resoluções da Assembleia Geral das Nações Unidas e mais de 29 declarações do Comitê Antidescolonização das Nações Unidas'.

'À medida que a Grã-Bretanha conhecer a realidade da América Latina, estaremos mais perto de uma solução', declarou o chanceler, que destacou que a reivindicação argentina se transformou em 'uma causa latino-americana'. 

Acompanhe tudo sobre:América LatinaArgentinaDiplomaciaEuropaPaíses ricosReino Unido

Mais de Mundo

Novas autoridades sírias anunciam acordo para dissolução dos grupos armados

Porto de Xangai atinge marca histórica de 50 milhões de TEUs movimentados em 2024

American Airlines retoma voos nos EUA após paralisação nacional causada por problema técnico

Papa celebra o Natal e inicia o Jubileu 2025, 'Ano Santo' em Roma