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Argentina começa a coordenar investigações locais sobre Lava Jato

A primeira data de troca de informações com fontes judiciais do Brasil foi fixada para 1 de junho

Argentina: o caso Odebrecht pode ter se estendido até a Argentina por meio de Uniões Temporárias de Empresas (UTES) (Clive Rose/Getty Images)

Argentina: o caso Odebrecht pode ter se estendido até a Argentina por meio de Uniões Temporárias de Empresas (UTES) (Clive Rose/Getty Images)

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EFE

Publicado em 3 de março de 2017 às 14h16.

Buenos Aires - A Procuradora Geral da Argentina, Alejandra Gils Carbó, se reuniu em Buenos Aires com o presidente de Transparência Internacional (TI) e ex-procurador anticorrupção peruano, José Ugaz, para coordenar uma investigação sobre conexões locais com a operação Lava Jato.

Segundo informou nesta sexta-feira o Ministério Público Fiscal, no encontro, que aconteceu ontem, além de Gils Carbó - chefe dos procuradores - também participaram outros procuradores argentinos como Sergio Rodríguez e membros de ONGs relacionadas com o TI.

O representante do TI na Argentina, Hugo Wortman, disse hoje à Agência Efe que a primeira data de troca de informações com fontes judiciais do Brasil foi fixada para 1 de junho.

Neste sentido, esclareceu que apesar da necessidade de obter dados a partir da cooperação jurídica internacional, já há investigações na Argentina com empresários nacionais que supostamente "pagaram subornos através de intermediários para obras públicas".

Wortman explicou que o caso Odebrecht pode ter se estendido até a Argentina por meio de Uniões Temporárias de Empresas (UTES) que se apresentavam para licitações de obras do Estado e a firma brasilera era encarregada do suborno.

Além disso, especificou que também é investigado outro crime: o pagamento de propinas por parte de empresários argentinos a funcionários brasileiros para obter obras públicas nesse país.

Por outro lado, a reunião serviu para falar da necessidade dos procuradores de terem proteção, já que assim apontam antecedentes em nível mundial como o do procurador italiano Di Pietro, do caso 'manni pulite', e o próprio José Ugaz, magistrado que impulsionou a investigação no Peru da causa Fujimori-Montesinos.

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