Mundo

Argentina aprova acordo com Irã para investigar atentado

Atentado ocorreu em 1994 contra uma entidade judaica em Buenos Aires e há anos a Justiça argentina aponta responsabilidade iraniana no caso


	Membros da comunidade judaica argentina se manifestam em memória dos falecidos em atendado: líderes judaicos dizem que a criação de uma "comissão da verdade" prejudica a investigação
 (Juan Mabromata/AFP)

Membros da comunidade judaica argentina se manifestam em memória dos falecidos em atendado: líderes judaicos dizem que a criação de uma "comissão da verdade" prejudica a investigação (Juan Mabromata/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de fevereiro de 2013 às 09h24.

Buenos Aires - O Congresso argentino aprovou na madrugada desta quinta-feira um acordo com o Irã para investigar o atentado de 1994 contra uma entidade judaica de Buenos Aires, que há anos a Justiça argentina aponta responsabilidade iraniana no caso.

Líderes judaicos dizem que a criação de uma "comissão da verdade" para esse caso prejudica a atual investigação judicial sobre o atentado, que matou 85 pessoas. Mas a presidente argentina, Cristina Kirchner, diz que a novidade pode lançar uma nova luz sobre o ataque, após anos de impasse.

"Este memorando representa uma decisão ousada, uma brava decisão que abre um possível caminho rumo à verdade", disse a deputada governista Mara Brawer durante o acalorado debate de 12 horas, enquanto ativistas judeus protestavam em frente ao Congresso.

A oposição questionou os motivos do governo argentino para aprovar o acordo -- alguns apontaram interesses comerciais, como a compra de petróleo e a venda de grãos. O acordo foi aprovado com 131 votos favoráveis e 113 contrários.

O texto prevê a criação de uma comissão com cinco juristas estrangeiros, e estipula que autoridades judiciárias argentinas viajem a Teerã para interrogar pessoas que tiveram prisão decretada pela Interpol -- grupo que inclui o ministro iraniano da Defesa, Ahmad Vahidi.

O Irã sempre negou envolvimento com a explosão de um caminhão-bomba em frente à sede da Associação Mutual Argentina-Israelense (Amia).

Acompanhe tudo sobre:América LatinaArgentinaÁsiaIrã - PaísJudeus

Mais de Mundo

Legisladores democratas aumentam pressão para que Biden desista da reeleição

Entenda como seria o processo para substituir Joe Biden como candidato democrata

Chefe de campanha admite que Biden perdeu apoio, mas que continuará na disputa eleitoral

Biden anuncia que retomará seus eventos de campanha na próxima semana

Mais na Exame