Eleitor cola foto de Maduro em uma de Chávez, como forma de demonstrar o seu apoio ao candidato: segundo o argentino, o objetivo é defender os processos democráticos na região (Tomas Bravo/Reuters)
Da Redação
Publicado em 18 de abril de 2013 às 13h08.
Buenos Aires - O chanceler argentino, Héctor Timerman, afirmou nesta quinta-feira que a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) dará seu "apoio absoluto" aos resultados eleitorais na Venezuela, que apontaram como vencedor Nicolás Maduro, durante a cúpula extraordinária de chefes de Estado sul-americanos convocada em Lima.
Em entrevista para a "Rádio 10", Timerman afirmou que os governos da América Latina sentem a necessidade de "expressar o respaldo absoluto ao pleito realizado na Venezuela e à maneira limpa como foi realizado e de defender os processos democráticos na região".
"A reunião de Unasul também pretende expressar a preocupação do bloco pela posição dos países que questionaram a legalidade do processo eleitoral, incitando à violência", acrescentou.
A presidente argentina, Cristina Kirchner, viajará hoje a Lima para participar do encontro.
Entre os líderes que confirmaram presença está a presidente Dilma Rousseff e os chefes de Estado do Uruguai, José Mujica, da Bolívia, Evo Morales, e da Colômbia, Juan Manuel Santos.
A pequena diferença no resultado das eleições (Maduro ficou 1,8% na frente de Capriles) fez com que a oposição pedisse a recontagem dos votos. O clima de tensão aumentou no país e houve confrontos que terminaram com pelo menos oito mortos.
Os Estados Unidos não reconheceram por enquanto a vitória de Maduro e pediram uma nova apuração.
A Unasul, o maior organismo de integração sul-americano, é integrado pela Argentina, Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Chile, Paraguai (suspenso do bloco atualmente), Uruguai, Venezuela, Guiana, Suriname e Peru.