Mundo

Argentina ameaça nacionalizar empresas após apagões

Governo ameaçou nacionalizar as principais distribuidoras de energia elétrica do país devido à suspensão no abastecimento do serviço


	Transmissão de energia: elevadas temperaturas nos últimos dias dispararam o consumo elétrico, provocando a interrupção do fornecimento do serviço
 (Marcello Casal Jr./ABr)

Transmissão de energia: elevadas temperaturas nos últimos dias dispararam o consumo elétrico, provocando a interrupção do fornecimento do serviço (Marcello Casal Jr./ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de dezembro de 2013 às 20h32.

Buenos Aires - O governo argentino ameaçou nesta quinta-feira nacionalizar as principais distribuidoras de energia elétrica do país, Edenor e Edesur, devido à suspensão no abastecimento do serviço em grande parte da cidade de Buenos Aires e da região metropolitana.

As elevadas temperaturas nos últimos dias, no momento que começa o verão, dispararam o consumo elétrico, provocando a interrupção do fornecimento do serviço durante vários dias em algumas regiões da capital e arredores.

"Aqui há responsáveis, são as duas empresas que têm de se encarregar de fornecer o serviço. Essa é nossa posição", disse o chefe do gabinete de ministros, Jorge Capitanich, em entrevista coletiva.

"Se não estiveram dispostas a prestar o serviço como a gente merece, nós estamos dispostos a assumir a responsabilidade do serviço", acrescentou.

A infraestrutura de distribuição elétrica argentina está em crise por falta de investimentos.

As distribuidoras pedem ao governo uma atualização das tarifas, que estão praticamente congeladas desde a crise econômica de 2001-2002 com uma inflação de cerca de 25 por cento ao ano nos últimos anos.

A interrupção do fornecimento, que acontece sempre quando aumenta fortemente a demanda por causa das temperaturas altas do verão, provocou protestos de vizinhos que, em alguns casos, decidiram bloquear ruas para exigir a retomada do serviço.

O governo da presidente Cristina Kirchner nacionalizou várias empresas de serviços públicos, entre elas uma distribuidora de água. Também assumiu o controle da petroleira YPF e da companhia aérea Aerolíneas Argentinas, entre outras.

"Assim como fizemos com a Aerolíneas Argentinas, os Correios, a AYSA (distribuidora de água) e a YPF (petroleira estatal), a nossa mão não vai tremer para tomar as decisões necessárias se as empresas Edenor e Edesur não cumprirem com a restituição do fornecimento de energia de forma imediata", disse o ministro do Planejamento, Julio De Vido, à agência estatal Télam.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaApagãoArgentinaEnergiaEnergia elétricaServiços

Mais de Mundo

Corte Constitucional de Moçambique confirma vitória do partido governista nas eleições

Terremoto de magnitude 6,1 sacode leste de Cuba

Drones sobre bases militares dos EUA levantam preocupações sobre segurança nacional

Conheça os cinco empregos com as maiores taxas de acidentes fatais nos EUA