Argélia mobilizou 60 mil soldados para combater terrorismo
Apesar de o número de soldados mobilizados ser grande, o centro acredita que ele é provavelmente insuficiente para obter um sucesso durável
Da Redação
Publicado em 18 de maio de 2016 às 13h27.
Argel - O Exército da Argélia mobilizou, nos últimos dois anos, cerca de 60 mil soldados para as fronteiras do país com a Tunísia e a Líbia para evitar qualquer ameaça islamita", revelou o centro de inteligência militar Jane's Information Group.
O órgão, no entanto, avaliou que a medida parece ser insuficiente devido ao grande grau de porosidade da fronteira, que possui milhares de quilômetros de montanhas e de desertos, nos quais foram registrados vários incidentes armados em 2015.
"A Argélia está cada vez mais preocupada pela instabilidade que existe nos países vizinhos, especialmente na Líbia, onde grupo jihadista Estado Islâmico se estendeu rapidamente desde o ano passado", afirmou o Jane's Information Group, cujo relatório foi divulgado pelo jornal local "Tout Sur l'Algérie".
Apesar de o número de soldados mobilizados ser grande, o centro acredita que ele é "provavelmente insuficiente para obter um sucesso durável, especialmente pelo fato de as fronteiras seguirem porosas".
Para o Jane's Information Group, a situação é mais perigosa na fronteira com a Líbia, já que não existe uma autoridade forte no país vizinho e a segurança depende das instáveis milícias armadas que existem no território líbio.
A análise sobre as fronteiras argelinas é compartilhada pela empresa americana de inteligência Stratfor, que acredita que elas sejam "praticamente impossíveis de patrulhar".
"A entrada de armas e pessoas pelo sul e o leste da Argélia são frequentes", assinalou a Stratfor em outro relatório, colocando a culpa pela situação sobre as "políticas não intervencionistas" do atual governo do país.
"Já que a ameaça segue surgindo por todos os lados, a Argélia deveria buscar uma solução mais proativa para o problema do terrorismo na região", indicou a companhia americana.
"A solução não virá necessariamente em forma de intervenções militares de grande envergadura, mas através de ataques aéreos, incursões além das fronteiras e operações coordenadas com outros países, como a França, que luta contra os grupos terroristas no norte da África", sugeriu a Stratfor.
Em março, o vice-ministro de Defesa da Argélia, Ahmed Gaid Salah, admitiu que o país sofre de um grave problema de segurança nas fronteiras do leste e do sul, que se transformaram em local de reunião e treinamento para radicais que pretendem se unir ao grupo terrorista Estado Islâmico (EI).
Argel - O Exército da Argélia mobilizou, nos últimos dois anos, cerca de 60 mil soldados para as fronteiras do país com a Tunísia e a Líbia para evitar qualquer ameaça islamita", revelou o centro de inteligência militar Jane's Information Group.
O órgão, no entanto, avaliou que a medida parece ser insuficiente devido ao grande grau de porosidade da fronteira, que possui milhares de quilômetros de montanhas e de desertos, nos quais foram registrados vários incidentes armados em 2015.
"A Argélia está cada vez mais preocupada pela instabilidade que existe nos países vizinhos, especialmente na Líbia, onde grupo jihadista Estado Islâmico se estendeu rapidamente desde o ano passado", afirmou o Jane's Information Group, cujo relatório foi divulgado pelo jornal local "Tout Sur l'Algérie".
Apesar de o número de soldados mobilizados ser grande, o centro acredita que ele é "provavelmente insuficiente para obter um sucesso durável, especialmente pelo fato de as fronteiras seguirem porosas".
Para o Jane's Information Group, a situação é mais perigosa na fronteira com a Líbia, já que não existe uma autoridade forte no país vizinho e a segurança depende das instáveis milícias armadas que existem no território líbio.
A análise sobre as fronteiras argelinas é compartilhada pela empresa americana de inteligência Stratfor, que acredita que elas sejam "praticamente impossíveis de patrulhar".
"A entrada de armas e pessoas pelo sul e o leste da Argélia são frequentes", assinalou a Stratfor em outro relatório, colocando a culpa pela situação sobre as "políticas não intervencionistas" do atual governo do país.
"Já que a ameaça segue surgindo por todos os lados, a Argélia deveria buscar uma solução mais proativa para o problema do terrorismo na região", indicou a companhia americana.
"A solução não virá necessariamente em forma de intervenções militares de grande envergadura, mas através de ataques aéreos, incursões além das fronteiras e operações coordenadas com outros países, como a França, que luta contra os grupos terroristas no norte da África", sugeriu a Stratfor.
Em março, o vice-ministro de Defesa da Argélia, Ahmed Gaid Salah, admitiu que o país sofre de um grave problema de segurança nas fronteiras do leste e do sul, que se transformaram em local de reunião e treinamento para radicais que pretendem se unir ao grupo terrorista Estado Islâmico (EI).