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Areva prevê atrasos de até 9 meses em projetos nucleares

Empresa francesa acredita que os problemas na usina de Fukushima aumentaram os temores sobre o uso da energia nuclear

A Areva pode ser obrigada a mudar suas previsões devido ao acidente em Fukushima (Arquivo/AFP)

A Areva pode ser obrigada a mudar suas previsões devido ao acidente em Fukushima (Arquivo/AFP)

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Da Redação

Publicado em 30 de maio de 2011 às 13h45.

Paris - A fabricante francesa de reatores atômicos Areva espera que os temores em relação à segurança após o desastre nuclear no Japão atrasem projetos já em desenvolvimento por um período de seis a nove meses, disse a presidente-executiva da companhia nesta segunda-feira.

Anne Lauvergeon, que falou em uma entrevista em rádio no mesmo dia em que as ações ordinárias da Areva começaram a ser negociadas na NYSE Euronext em Paris, afirmou também que a companhia poderá colocar em revisão suas previsões depois de reduzir metas de longo prazo após o acidente de Fukushima.

As ações da companhia estão sob pressão depois que a Alemanha anunciou que vai desativar seus reatores até 2022 em uma reação ao desastre japonês.

Anteriormente, as ações da Areva somente eram comercializadas na forma de certificados de investimento. As novas ações ainda representam apenas uma pequena parcela --4 por cento-- do controle da companhia.

Questionada se a companhia havia desistido do projeto de vender 45 modelos do seu reator EPR next-generation até 2020, Lauvergeon disse à rádio BFM: "Não, nós estamos no processo de reavaliação disso." "Nos termos desse cenário, nós achamos que Fukushima vai causar algo como seis a nove meses de atrasos já que autoridades estão revendo pontos de proteção e segurança", disse.

"Mas nós não estamos mudando de forma significativa nossos planos de produção", disse a executiva, que ainda aguarda um anúncio do governo francês sobre se o seu mandato será renovado. "Nós divulgaremos nossas novas estimativas nos próximos dias ou semanas." Quatro reatores EPR estão em construção no momento --um na Finlândia, um na França e dois na China-- e a Areva está tentando negociar a venda de outros 20, com o destaque para as características de segurança.

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